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Enviada em: 06/05/2019

A violência no Brasil é endêmica. Desse modo, é inevitável a presença de tal fato social no esporte, principalmente no futebol, onde agressões são frequentes dentro e fora de campo. A associação dos grupos de torcida organizada às brigas nos estádios é sintomática e demonstra a perda do tão valioso "espírito esportivo", pois, com este, o respeito aos adversários seria algo essencial e inabalável.   Primeiramente, é preciso destacar as causas desse quadro. Uma destas é a polarização, a qual é percebida em diversos âmbitos sociais e é apoiada por uma visão maniqueísta da realidade, o que contribui para a desumanização do diferença. Assim, ao banalizar a vida do outro, observa-se a legitimação da violência, o que explica o cenário desastroso no esporte brasileiro. Além disso, a impunidade também é uma questão, haja vista a pesquisa do Ministério do Esporte, cujo dado aponta apenas 3% dos processos acerca de violência no âmbito esportivo como solucionados com condenações. Portanto, é evidente a urgência de uma atuação mais enérgica do Judiciário a fim de evitar mais tragédias.   Em segundo plano, cabe abordar também a ineficácia da atuação policial, a qual demonstra a falta de preparo desses funcionários públicos, bem como a deficiência na prevenção de eventuais incidentes. Esquemas de monitoramento de câmeras, nas proximidades dos estádios, assim como em redes sociais, onde muitos confrontos são marcados, figuram como estratégias as quais deveriam ser rotineiras. No entanto, o diminuto número de policiais, muitas vezes, não é suficiente para um bom serviço.   Por conseguinte, é mister o reconhecimento da problemática do futebol brasileiro. Dessa forma, cabe ao poder Judiciário promover uma atuação mais efetiva do STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) com objetivo de haver maior punição aos criminosos a partir da expulsão. Assim, haverá menos violência e mais espírito esportivo.