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Enviada em: 02/05/2019

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Conquanto, a violência no esporte brasileiro impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem o surgimento e manutenção desse quadro.   Primeiramente, a educação é fator principal no desenvolvimento de um País. Seria racional acreditar que o Brasil deve possuir um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido nesse problema, dessa forma percebe-se a falta de aprendizado na derrota e humildade na vitória, por exemplo. Segundo o pesquisador Maurício Murad, o perfil de torcedor violento infiltrado corresponde em média a 6% dos integrantes das torcidas organizadas.  Outrossim, faz-se imprescindível salientar que o poder coercitivo dos órgãos de segurança é fundamental para conter atos de violência. Para Thomas Hobbes os pactos sem a espada são apenas palavras e não têm a força para defender ninguém. Colabora com essa problemática a ineficiência policial em investigar os encontros marcados por redes sociais, e agir de maneira preventiva no combate a violência previamente agendada entre grupos, de onde decorrem a maioria dos óbitos e gera terríveis efeitos colaterais aos inocentes nas cercanias dessas batalhas.   Portanto, inegavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Para tanto, é necessário que o Ministério da Educação crie uma série de vídeos institucionais com a colaboração de figuras relevantes do esporte, voltados para a educação fundamental, a fim de inibir as atitudes precursoras do pensamento violento. Concomitantemente, é fundamental o uso de táticas de investigação digitais do Ministério da Segurança, juntamente com as Polícias Federal e Civil, nos moldes do que já foi realizado com êxito na Europa para conter o comportamento beligerante.