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Enviada em: 03/05/2019

De acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado garantir a manutenção dos direitos fundamentais da população. Atualmente, no entanto, faz-se necessário debater sobre a violência no esporte brasileiro, visto que o Brasil é o recordista mundial de mortes relacionadas ao esporte, engendrando consequências sociais passíveis de mitigação.       Para o sociólogo Émile Durkheim, um fato social configura um conjunto de valores que estabelecem o indivíduo como fruto do meio em que está inserido. Sob essa ótica, pode-se inferir que a violência relacionada ao esporte reflete as ações da sociedade atual como um todo. Ademais, a falta de segurança pública e de policiamento adequado favorecem a violência social no geral, provocando um cenário de desespero em locais destinados ao entretenimento e ao convívio.       Outrossim, surgem consequências acerca da violência no esporte brasileiro. Desse modo, o sentimento natural de rivalidade abre espaço a atitudes agressivas e desrespeitosas que ocorrem, por vezes, dentro do próprio centro esportivo. Segundo levantamento anual realizado pela Pesquisa de Mestrado da Universo, coordenada pelo sociólogo esportivo Mauricio Murad, em 2017, foram registradas cerca de 11 mortes relacionadas ao esporte no Brasil. Portanto, surge um círculo vicioso entre um Estado que não garante direitos básicos e um contingente que convive com a insegurança.       Por conseguinte, cabe ao Governo Federal aumentar o repasse de verbas às polícias estaduais, através de um abono fiscal concedido aos governadores. Desse modo, será possível, além de aumentar o policiamento em locais e em eventos públicos, melhorar a estrutura física do combate à violência. Sendo assim, a violência relacionada ao esporte será mitigada e os direitos constitucionais serão garantidos.