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Enviada em: 03/05/2019

Como pode uma nação, como o Brasil, conhecida internacionalmente como "o país do futebol" contaminar o esporte com atos torpes de violência? Cenários recorrentes de vandalismo em locais cujas oportunidades de acesso ao esporte são livres e igualitárias tornaram-se um problema social, o que se deve a fatores como naturalização da violência e negligência da segurança pública.        Quando o escritor Roberto da Mata, em seu clássico livro "Raízes do Brasil", evidencia à violência como reflexo do passado histórico do país, traz à tona a origem social e cultural da violência. Mídia e clubes esportivos incentivam esses atos, esportes como UFC são aplaudidos por muitos e a comercialização desses espetáculos para fins lucrativos e grandes audiências são comuns na atualidade. Assim, ao invés de incitar os diversos segmentos sociais é preciso banir práticas violentas no esporte.       Nesse sentido, nos últimos trinta anos o número de mortes em eventos esportivos é alarmante, e demonstra à precariedade da segurança pública em lidar com questões como insulto, vandalismo e morte no meio desportivo. Logo, a falência e incredulidade na eficácia das instituições públicas desponta como motivação para atos violentos, uma vez que a impunidade ainda impera no meio social. Assim, para se tornar o país da ordem e do progresso o Brasil precisa deixa de ser a nação da incoerência.        Em consonância com a presente discussão,urge a necessidade de identificar os fatores originários da violência no esporte, como raízes históricas e modos de superação desse legado negro. Para tanto, cabe aos órgãos de segurança pública e poder legislativo estratégias para lidar com o problema, por meio de punições mais severas e leis rígidas que culpabilizem os infratores em tempo hábil e garanta a proteção dos torcedores, bem como parceria desses setores com clubes esportivos no financiamento de todo aparato estrutural e material para garantir segurança no meio esportivo.