Materiais:
Enviada em: 03/05/2019

Comumente, têm-se presenciados, principalmente em campanhas eleitorais, discursos que incentivam a inserção de crianças e adolescentes no esporte com o intuito de afastá-los de uma vida violenta. Porém, nas últimas décadas observou-se um fenômeno diverso do esperado: reiterados eventos esportivos com atos violentos (brigas entre torcidas, vandalismos, arrastões, etc.) que, na verdade, deveriam ser repreendidos nesse meio social.        Tal viés é devido ao convívio intenso e banalização da violência na rotina da maior parte da população, seja no lar, no local de trabalho ou nos meios de transporte. Esse comportamento inadequado e comum se irradia nos demais grupos sociais aos quais o indivíduo participa. Aliados a essa indução da violência, a falta de investimento em segurança nos locais dos jogos e efetivo policial aquém do necessário nos eventos corroboram para a expansão dos acontecimentos já listados.       Como resultado, mais de uma centena de vítimas fatais e outras centenas de feridos apenas no futebol brasileiro, segundo o Portal R7. O número expressivo tem afastado grande parte dos fãs dos estádios por medo de serem vitimados, o que acarreta prejuízo social ao público e econômico aos organizadores.       O tema requer mais empenho e integração entre Ministério Público e Polícias para um trabalho de prevenção e repressão à violência eficaz. Departamentos de investigação, inteligência e tecnológicos devem identificar responsáveis e o poder judiciário atuar de forma célere e contundente para punir os envolvidos. Paralelo a isso, há necessidade também de uma maior conscientização dos torcedores quanto aos efeitos de uma atitude lesiva de direitos nesses locais. Assim, com o empenho das autoridades e respeito do cidadão ao próximo o esporte deixa de ser um difusor e passa a ser uma arma contra a violência.