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Enviada em: 04/05/2019

O Brasil, retratado em poemas e músicas como o país do futebol, tem nesse esporte o principal meio de lazer e diversão dentro da sociedade. No entanto, o que deveria ser uma união entre torcedores, tornou-se um cenário de guerra, de mortes e de violência. Tal aspecto pode ser explicado por fatores como a presença de torcidas organizadas e os preços altos dos ingressos.       Em primeira análise, quando se observa as brigas em estádios, um fator comum entre elas é o envolvimento de torcidas organizadas e a forte repressão policial que desencadeia as principais mortes já registradas. Nesse sentido vale ressaltar que muitos desses indivíduos possuem extensas fichas criminais por tráfico de drogas e assassinatos, os quais lideram muitas vezes essas torcidas. Além disso, é importante destacar que prevenir  essas ocorrências é mais fácil que reprimi-las e evita a perda de vidas nesses confrontos.       Ademais, outro elemento a ser considerado é o preço abusivo dos ingressos nos principais campeonatos, como ocorreu na final da Copa Sul-Americana entre Flamengo e Independiente, cujo valor da entrada para não sócios era superior a 700 reais, uma diferença de mais de 500 reais em relação aos associados. Por consequência, parcelas mais pobres da população são usadas como massa de manobra pelas torcidas organizadas para propagar a violência e o ódio do lado de fora dos estádios, onde ocorre o maior número de mortes.       Em suma, a violência esportiva prejudica o direito ao lazer e acaba por manter as pessoas afastadas dos jogos por medo. Logo, cabe às forças policiais juntamente com as equipes esportivas fornecerem uma lista de pessoas que oferecem risco aos jogos por seu envolvimento com o crime e banir torcidas organizadas se necessário. Além disso, os times podem criar cadastros com torcedores carentes e oferecer descontos nos valores das entradas, além de reservar uma parcela dos ingressos para essas pessoas, a fim de minimizar os conflitos e recuperar a imagem do país do futebol.