É incontrovertível que após a revolução tecnológica, a internet alterou os moldes do comportamento social. Logo, possibilitou múltiplas facilidades ao ser humano. Entretanto, ela também contribuiu para o surgimento da cibercondria — enfermidade da era digital a qual vem ocasionando diversas controvérsias na sociedade moderna. Mediante o elencado, a World Wide Web viabilizou o acesso democrático à informação e, por conseguinte, reformulou a aquisição do conhecimento relacionado aos problemas de saúde. De modo que, gradualmente fundiu a cibercondria — manifestação patológica com sintomas análogos ao da hipocondria. Nesse contexto, o acesso imoderado ao mundo digital corrobora para o aumento da hipocondria moderna. Atrelado a isso, atualmente é praticamente inexistente a presença de canais que possam advertir as pessoas sobre os riscos da busca informacional na web. Destarte, o contato exacerbado de referências, em conjunto com a elencada síndrome do Dr. Google, aumenta/ocasiona diversas adversidades a saúde, dentre elas, a ansiedade generalizada. Ademais, fragiliza o vinculo do profissional de saúde com o seu paciente, uma vez que o suposto enfermo idealiza o próprio diagnóstico, o qual, por consequência, é desmitificado pelo especialista — fato que tem o potencial de conduzir tal pessoa à automedicação. Consoante a isso, é indubitável que por ser uma doença sintetizada na internet, a cibercondria, é demasiadamente perigosa. Portanto, é necessário que o Governo Brasileiro paralelamente com o Ministério da Saúde, promovam campanhas através de propagandas televisivas, palestras em escolas e locais de trabalho e, principalmente, em sites na internet. A fim de precaver a população sobre os perigos implícitos da cibercondria, assim como, impulsionar a navegação consciente na web.