Materiais:
Enviada em: 03/07/2019

O Deus da nova era       No século XXI, a internet remodelou o sentido de identidade no psicológico social dos usuários. Com as redes sociais, digitalização de serviços e robotização de atendimentos, a presença cibernética passou a ser surpreendentemente associada à sobrevivência social. Dessa maneira, comunidades passaram a contemplar algoritmos como nunca, a ponto de se renderem totalmente ao poder do "click".        De acordo com o sociólogo Yuval Harari, a internet penetrou na consciência humana como uma nova religião, o "dataísmo" a qual todas as pessoas a procuram para encontrar respostas de questões da vida, desde as mais banais do cotidiano às mais complexas como crise existencial, depressão, solidão etc. Em consonância, as relações interpessoais de interatividade humana perdem cada vez mais espaço para o mundo digital.       Em meio ao universo ilimitado de conteúdo exposto no ciberespaço, humanos passaram a se sentir também produtores de conteúdo nessas redes para se sentirem úteis e preencher um espaço psicologicamente vazio que têm e que talvez seja solucionado ao tornarem-se existentes online. Como se a internet fosse o mundo real, imaginam que experiência não tem valor se não houver compartilhamento de dados. Por conseguinte, este comportamento classifica-se como uma neo-escravidão.              Depreende-se, portanto, que medidas devem ser tomadas. Com o intuito de amenizar essa problemática, ONGs em parceria com empresas de terceiro setor, devem criar um movimento de desapego das redes sociais e enfatize eventos focados em montar redes sociais analógicas, onde membros se conhecerão, compartilharão e trabalharam juntos de maneira presencial para se ajudar, destarte a força do ciberespaço consequentemente diminuirá. Com essa perspectiva, doentes serão curados pela  causa do "Deus" da nova era.