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Enviada em: 28/04/2019

Nas tribos indígenas os indivíduos recorriam aos Pajés para saber e tratar dos seus sintomas. Hodiernamente, as pessoas buscam de forma recorrente esses conhecimentos na internet. Dessa forma, a cibercondria é um empecilho a ser enfrentado, à medida que a facilidade de informações e a massificação da cibercultura intensificam esta doença contemporânea.       Nesse viés, segundo o filósofo Michel Pêcheux: " O discurso materializa a ideologia ". Nesse sentido, o excesso de informações expostos nas redes de comunicação como o Google, Instagram e Facebook; materializa nos indivíduos conteúdos sobre possíveis doenças a partir de um sintoma, como verdades absolutas. Desse modo, mediante a facilidade do acesso ao assunto, as pessoas deixam de ir ao médico e se autodiagnosticam, acentuando a ansiedade e a disseminação da Cibercondria.       Além disso, tal conduta é universalizada para os outros indivíduos, pois conforme Émile Durkheim, a sociedade tem por característica a coesão social, ou seja, o comportamento individual é influenciado diretamente pelo comportamento das massas. Dessa maneira, massifica-se a cibercultura juntamente com as suas consequências, dentre elas, a hipocondria digital.       É tácito que a facilidade da informação e o padrão cultural condicionam a cibercondria. Portanto, cabe ao Poder midiático, por meio de campanhas, vídeos e propagandas nas redes sociais, informarem os indivíduos sobre as consequências do hábito de se autodiagnosticar por informações da internet e também ensinar-lós a utilizar as ferramentas tecnológicas como auxílio das áreas do conhecimento. Diante disso, poderemos destituir esse padrão social e recorrer ao atendimento médico assim como os indígenas recorriam aos Pajés.