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Enviada em: 22/04/2019

Com o advento da World Wide Web, a disseminação de informações foi intensificada. Todavia, paradoxalmente, o acesso a informação qualificada na Internet tornou-se um desafio, o que somado ao imediatismo atual desencadeia doenças como a cibercondria. Assim, evidencia-se um problema social e de saúde pública,  que precisa ser analisado sob cautela.  De acordo com o ICTQ (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade), 80% da população brasileira se automedica. Com isso, o acesso a  diversos tipos de conteúdos de maneira instantânea agrava tal problemática, à medida que um usuário dessa rede pode fazer diagnósticos baseados em informações de senso comum ou em artigos técnicos voltados para indivíduos que possuem conhecimento prévio na área da saúde. Dessa forma, a Health on the Net Foundation tem fornecido selos de verificação em sites de saúde, a fim de ratificar que se trata de uma fonte confiável.  Ademais, em 2016, o Google fez uma parceria com o hospital Albert Einstein para facilitar o acesso a informações consistentes sobre uma doença. Contudo, a interpretação que o indivíduo com cibercondria pode ter é preocupante, visto que tratamentos podem ser iniciados ou abandonados sem a prescrição médica, desencadeando, assim, inúmeros problemas em sua saúde física e mental.  É necessário, portanto, que tal conjuntura sofra  mudanças significativas. A fim de que isso ocorra, é imprescindível que o Ministério da Saúde e da Educação, desenvolva programações e projetos nas instituições  de ensino, que abordem os riscos do diagnóstico feito pela internet e a maneira adequada de se fazer as pesquisas, de maneira paulatina e que envolva toda a comunidade, para que se tenha consciência dos riscos que permeiam esse assunto. Além disso, é salutar que a Anvisa aplique selos de verificação nos sites que possuem informações confiáveis, e, sobretudo, os obrigue a instruir seus usuários a procurarem um profissional especialista no assunto, com o objetivo de atenuar os índices de cibercondria na era digital.