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Enviada em: 26/04/2019

A hipocondria digital é um mal contemporâneo batizado de cybercondria. É possível identificar a cybercondria como um problema atual, advindo do uso errado de informações especializadas, presentes na internet. Pode-se afirmar que, assim como a hipocondria, a cybercondria tornou-se um grave problema na sociedade, uma vez que preocupa os médicos diante dos perigos do autodiagnóstico além da consequente automedicação.   No que se refere aos perigos da cybercondria relacionados ao autodiagnóstico, percebe-se que muitas pessoas estão deixando de consultar um médico, uma vez que a internet possibilita um acesso mais rápido a toda uma gama de informações que, por sua vez, aliado aos sintomas apresentados pela pessoa, induz ao autodiagnóstico. Nessas situações, o risco de um diagnóstico errado aumenta devido aos desconhecimento da pessoa não apenas de muitos termos médicos, como também de sua própria situação de saúde, uma vez que deixa de procurar um especialista. Um estudo global, publicado em 2011 pelo Instituto Ipsos, em parceria com a London School of Economics, revela uma demanda forte: 86% dos internautas brasileiros disseram buscar assuntos de saúde. Apenas um quarto deles, no entanto, certifica-se de que a fonte é confiável.    Além disso, em consequência do autodiagnóstico, muitos recorrem à automedicação, agravando intensamente o problema. A prática de ingerir medicamentos sem o acompanhamento ou indicação médica, tornando-se conta e risco do próprio indivíduo. Por meio da conclusão resultante de buscas na internet, pessoas ingerem medicamentos, colocando em risco a saúde, assim como a própria vida. Todos os medicamentos têm efeitos benéficos e adversos, podendo gerar alergias, que podem ser leves como coceira e vermelhidão, moderadas como inchaço e erupções na pele ou tão graves como o choque anafilático, sonolência, diminuição de reflexos, arritmias e, se consumidos em doses tóxicas, até o risco de morte. Segundo, Sérgio Brodt, chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, a automedicação é um problema de saúde pública.    Desse modo, é urgente que o Ministério da Saúde em parceria com a mídia, alerte a população, por meio de propagandas na televisão, e, principalmente, na internet,dos perigos de substituir a orientação médica em virtude de informações presentes na própria rede digital. Outrossim, faz-se necessário que o poder público aliado ao Conselho Federal de Farmácia, torne mais rígidas as regras para a venda de medicação,como exigir a apresentação bem como retenção de receitas médicas, com o objetivo de garantir a segurança e saúde da sociedade.