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Enviada em: 12/05/2019

No início do século XX, sobretudo com o advento da Revolução Técnico- Científica- Informacional, a modernização dos meios de comunicação e ascensão da internet transformaram a realidade das pessoas, bem como facilitaram o acesso a informação de modo rápido e prático. Contudo, pontos negativos foram sendo manifestados, como a cibercondria - "síndrome da pesquisa na internet" - que é considerada atualmente a doença da era digital.    Primeiramente observa-se que segundo o portal "Minha Vida", 80% dos brasileiros pesquisam doenças e sintomas na internet, por consequência o número de pessoas que se autodiagnosticam e se automedicam duplicaram nos últimos anos. Ou seja, o excesso de informação em diversos sites de busca, como o Google, e a facilidade de ser ter acesso a medicamentos - venda online de remédios, por exemplo - possibilitaram uma certa comodidade, na qual as pessoas não encontram  mais o sentido de ir ao médico, situação que também é propiciada devido a assistência no Sistema Único de Saúde ser lenta, negligenciada e precária.     Ademais deve-se pontuar que a sociedade atual é vista como a que apresenta os maiores índices de transtornos de ansiedade e pânico, além da depressão e do medo, o que colabora para que as pessoas encontrem no mundo digital um lugar agravante para suas incertezas pessoais. Nessa perspectiva, verifica-se o ocorrido em fevereiro deste ano, segundo dados do R7, no qual uma atendente de loja foi levada ao pronto-socorro com crise de ansiedade, após consultar na web as supostas consequências de uma doença.     Faz-se necessário, portanto, a atuação mais comprometida do Governo, em parceria com o Ministério da Comunicação, na promoção de propagandas voltadas ao público-alvo, os cibercondríacos , com o objetivo de incentivá-los a buscar profissionais especializados, a não automedicação, assim como a criação de aplicativos, plataformas e sites na produção de conteúdos de qualidade e confiáveis a toda a população, como vídeos explicativos e bate-papo interativo entre médico- paciente, por exemplo. Além da participação do Ministério da Saúde, por meio de sessões de terapia cognitiva comportamental e psicoterapia, com o auxílio de psicólogos e médicos, para que tais transtornos sejam reduzidos e os indivíduos tenham acesso a tratamentos alternativos e que sejam conscientizados como filtradores daquilo que leem.