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Enviada em: 14/05/2019

“Se tornou aparentemente óbvio que nossa tecnologia extinguiu nossa humanidade”, a máxima de Einstein denúncia a nociva condição que se encontra as sociedades pós-modernas. Desse modo, com o uso exacerbado da tecnologia, a contemporaneidade tenta satisfazer suas necessidades de socialização e acaba reprimindo-as na realidade.    A princípio, de acordo com o estudo da “Hierarquia de necessidades", de Maslow, o ser humano necessita de socialização para alcançar a auto-realização. Todavia, com a facilidade de comunicação e abstração de informações na era digital, os indivíduos que utilizam a Internet acabam, por muitas vezes, esquecendo-se da socialização tangível. Dessa forma, os navegantes da rede mundial de computadores não atingem a auto-realização, já que a socialização no ciberespaço não é, necessariamente, real.   Diante disso, é ponto pacífico convir que as frustações geradas pela cibercondria criam ainda mais necessidade de atenção. Dessa maneira, em consonância ao pensamento do sociólogo Guy Debord, a Internet atua como palco de mágoas e angústias que são falsamente disfarçadas em apelidos de videogame e curtidas em redes sociais. Portanto, a criação da compulsão eletrônica apenas reside no fato de que o ser humano busca, nas aparências virtuais, a auto-realização não conseguida na vida social real.     A cibercondria é, destarte, nociva aos indivíduos acometidos por ela. Diante disso, medidas urgem serem tomadas para resolver esse impasse. Para tanto, é mister que o Ministério da Educação promova, dentro das aulas de sociologia, uma conversa com os discentes sobre a necessidade de comunicação social fora do ciberespaço. Ademais, seria de suma importância que psicólogos utilizassem as redes sociais a favor da melhoria desses casos, criando campanhas virtuais que visassem concomitar a sociabilidade cibernética e tangível em rodas de bate papo reais sobre as frustações concernidas com a Internet. Para que, dessa forma, possa-se esperar que nossa tecnologia e nossa humanidade caminhem de mãos dadas em prol de um futuro menos taciturno.