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Enviada em: 04/06/2019

Devido ao fácil acesso à informação, a população mundial tem criado uma tendência à pesquisar sintomas e doenças em sites como o “Google” e a partir dos resultados, dar seu próprio diagnóstico e se o artigo que leram indicar algum tratamento, comprar remédios para realizá-lo. Essa tendência nociva acarreta em dois problemas de saúde pública: o autodiagnóstico e a automedicação.        Digitar os sintomas em um site de busca jamais será o mesmo que consultar um especialista. Entende-se que a necessidade de urgência, o alto custo de uma consulta médica e, no caso do Brasil, a precariedade do SUS - Sistema Único de Saúde - leve o cidadão a tomar medidas desesperadas. Contudo, na internet, na maioria esmagadora das vezes, não se sabe a origem do artigo/ reportagem que se está lendo, colocando, dessa forma, a vida da pessoa que busca na internet a solução do seu problema em risco.         Atrelado ao autodiagnóstico baseado em artigos online, está a automedicação. Que, não necessariamente é feita somente através do uso de fármacos, mas também com receitas “milagrosas” de cura, envolvendo alimentos, ervas e rituais sem qualquer comprovação ou embasamento científico. Basta abrir um site que logo se encontra receitas que prometendo cura ou até mesmo emagrecimento quase instantâneo.         O processo de deixar a saúde nas mãos de especialistas e sites de internet chama-se cibercondria e urge ser cessado, já que põe em risco a vida de milhares de pessoas. Para tal, faz-se preciso a explicação para os cidadãos do quão arriscado para a saúde isso pode ser. Através de políticas públicas afirmativas, que melhorem os sistemas de saúde locais, permitindo uma modernização do sistema e a rapidez na realização de consultas e exames. A fim de que a população passe a ter mais credibilidade nos médicos e não precise esperar meses por uma simples consulta, o que geralmente a faz recorrer à sites da internet para o autodiagnóstico e automedicação.