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Enviada em: 25/06/2019

No Brasil, a cada dez brasileiros, oito tomam remédios por conta própria, conforme dados constantes de pesquisa do ICTQ (instituto de pós-graduação para profissionais do mercado farmacêutico). Essa irresponsabilidade pode ser constatada no mau uso dos meios de informações virtuais e nos perigos do chamado "Doutor Google".   Indiscutivelmente, a internet trouxe mudanças no modelo de comunicação, permitindo novas formas de entretenimento e disponibilizando informações de conteúdos variados. Tal acesso viabilizou uma nova forma de consulta, a automedicação virtual, também chamada "cibercondria", que consiste no uso inadequado das tecnologias digitais em busca da cura para problemas de saúde. Com vistas a mitigação dessa prática, medidas devem ser tomadas, o mais breve possível, pelas autoridades competentes, abrangendo tanto as da área médica como, principalmente, as governamentais.   Além disso, consultar o "Doutor Google" representa um grande risco a saúde pública, tendo em vista a exposição a doenças à qual todos estão sujeitos, em uma sociedade, inclusive as não conhecidas pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Tal situação pode ser exemplificada no tocante ao combate negligente a infecções bacterianas, por exemplo, cujos agentes causadores são, por vezes, desconhecidos tornando-os, assim, mais resistentes às medicações e, por consequência facilitando o surgimento e disseminação de novas doenças. Dessa forma, essa consulta estimula a nociva prática da "cibercondria" a qual não possuí qualquer respaldo médico e nenhuma responsabilidade com a cura ou prevenção.    Diante do exposto, faz-se necessária uma intervenção governamental urgente com o intuito de amenizar esses problemas. É importante que essa ação seja realizada, em parceria, entre os Ministérios da Educação e da Saúde, visando fomentar o projeto "Saúde nas Escolas", de modo a alcançar, em âmbito nacional todos os estudantes, levando ao seu conhecimento os perigos de autodiagnosticarem-se pela internet e a importância de se recorrer a profissionais de saúde, por meio de debates e palestras, a fim de torná-los mais conscientes.