Materiais:
Enviada em: 08/07/2019

Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. No entanto, o hábito de pesquisar na internet os sintomas que consegue perceber com a intenção de encontrar um diagnóstico sem a opinião médica, ou seja, a cibercondria, impossibilita que milhões de brasileiros com tal doença desfrutem desse direito na prática. Portanto, é necessário resolver esse impasse, que ocorre, principalmente, por causa das dificuldades no atendimento na rede de saúde pública, e do pouco conhecimento sobre os efeitos indesejáveis dos remédios, que, infelizmente, é prejudicial à saúde de muitas pessoas no país.     Nesse contexto, por ser precária, a rede de saúde pública do país costuma dificultar a ida de um brasileiro até o hospital, já que há um longo tempo de espera por atendimento médico, e isso o faz preferir pesquisar os sintomas na internet e encontrar um diagnóstico, por ser mais rápido. Porém, se torna um problema quando faz-se costume, pois, estar em constante contato com informações sobre várias doenças, pode-se ter uma falsa percepção dos sintomas, e, consequentemente, pensar que tem alguma das doenças pesquisadas, como ocorre com a protagonista do filme “Meu primeiro amor” , na qual representa claramente tal infeliz situação.     Ademais, por pesquisarem bastante doenças na internet e fazerem muitos diagnósticos errados, os cibercondríacos, geralmente, executam a automedicação, na qual é perigosa e prejudicial à própria saúde. Além disso, segundo o “Datafolha”, cerca de 77% dos brasileiros usaram remédio sem prescrição médica no último ano, o que é extremamente ruim, pois essa prática traz resultados indesejáveis do medicamento que o usuário não conhece, como a piora dos sintomas e/ou causa a resistência de bactérias, por exemplo.     Diante do supradito, é do governo federal o papel de solucionar tal impasse, portanto, deve fazer parcerias com empresas publicitárias para que, por meio de canais de televisão, rádios e “outdoors”, propaguem uma campanha que informa aos brasileiros os perigos do diagnóstico feitos na internet, já que podem ter uma falsa percepção dos sintomas, além da automedicação, a qual, por muitas vezes, agrava os sintomas. Desse modo, o número de cibercondríacos irá diminuir e a Declaração Universal dos Direitos Humanos será assegurada por muito mais brasileiros.