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Enviada em: 29/07/2019

''Não procure doença, procure saúde'' é a principal frase dos planos de saúde oferecidos pela Amil em resposta à cibercondria, que consiste em procurar sintomas e doenças em plataformas de pesquisa e assim, se autodiagnosticar e até mesmo procurar tratamentos sem auxílio médico. Em um mundo onde a internet é o principal facilitador de informações e o sistema de saúde público é extremamente precário, esse hábito maléfico tem se tornado cada vez mais comum entre a população.       A priore, na era da modernidade efêmera de Bauman, é indubitável que o ser humano priorize a rapidez e a praticidade ao invés de observar a si mesmo e sua vida com calma. Dessa forma, para a sociedade atual, é muito mais eficaz  pesquisar seus sintomas e chegar a uma conclusão do que ir ao médico e enfrentar todo o processo lento e burocrático. Entretanto, esse primeiro método de diagnóstico possui eficiência praticamente nula, já que não há o contato do médico com o paciente, além de produzir uma doença que geralmente nem existe, já que os sintomas podem se confundir com tanta informação.       A posteriore, certamente boa parte da população utiliza o sistema público de saúde por falta de renda para arcar com um convênio. Logo, é necessário enfrentar toda a falta de estrutura do programa governamental, já que exames e consultas demoram para serem marcados e efetuados, além de o contato médico-paciente ser extremamente rápido, o que faz com que não haja uma conexão entre os sintomas, doença e tratamento, e assim, o paciente desiste de buscar respostas pessoalmente e acaba se rendendo a pesquisas fáceis e rápidas, o que não é a melhor saída.       Em suma, para resolver o impasse, o Ministério da Saúde deve banir todas as pesquisas que se digam respeito à doenças e possíveis sintomas. Para tratamentos urgentes, deve-se criar uma central de atendimento para que a população solicite um médico em sua residência e que a consulta deve durar pelo menos 20 minutos e o acompanhamento deve continuar enquanto os sintomas persistirem. Além disso, em todas as farmácias, deve-se ter um fiscal para que a compra de remédios sem prescrição médica seja evitada. Dessa forma, a cibercondria diminuiria sua existência e haveria a garantia de uma saúde com mais qualidade para a população.