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Enviada em: 31/07/2019

Com advento da Revolução Industrial ocorrida em meados do século XVIII, uma das principais consequências herdadas foi o desenvolvimento acelerado dos meios de comunicações e da tecnologia como um todo. Do mesmo modo, o desenvolvimento crescente promoveu mudanças na esfera sociocultural de diversos países, fato que culminou para o uso equivocado da internet por alguns internautas, por exemplo. Paralelamente, no Brasil houve um crescimento da cibercondria que somados com a falta de infraestrutura pública e o fácil acesso de informções a respeito de dados e resultados médicos, contribuem para o aumento de pacientes.         Segundo uma pesquisa realizada no município de São Paulo (SP) pelo site "Folha UOL", há 17,6 profissionais formados em medicina no Sistema Único de Saúde (SUS) para cada 10 mil paulistas, consequentemente, a população fica à mercê da falta de qualidade. Ademais, a falta de equipamentos e recursos necessários que tardam a chegar, acabam fazendo com que a população de baixa renda familiar e que não possui condições financeiras de obter um plano de saúde privado, desista do sistema público vigente. Assim, essa grande maioria recorre à internet para pesquisar e se informar de remédios e tratamentos para possíveis doenças por conta própria.      Outrossim, a maioria da população brasileira possui uma grande facilidade no acesso de informações por conta dos diversos recursos que a internet oferece. Conforme uma pesquisa realizada pelo Instituto de pós-gradução para profissionais farmacêuticos (ICTQ), a cada 10 pessoas no país, 8 indivíduos cometem a automedicação, fato que eleva muito o risco da pessoa ingerir medicamentos desnecessários no organismo, podendo levar o mesmo ao óbito. Dessa forma, é nítido no país o ápice da cibercondria, uma vez que, muitos brasileiros cometem o ato de se autoprescreverem medicamentos sem uma avaliação apropriada.            Em suma, o problema está inserido na sociedade e deve-se criar e adotar medidas cabíveis para amenizar a situação da cibercondria. Portanto, o Governo Federal, juntamente com o Ministério da Saúde, devem criar e promover campanhas de conscientização para o ato de se automedicar sem uma avaliação e uma prescrição médica por meio dos veículos de comunicações, com a finalidade de instruir as pessoas a procurarem uma Unidade Básica de Saúde (UBS), além de alertar a população brasileira a respeito dos riscos que comportam esse ato. Desse modo, se devidas mudanças forem adotadas, espera-se amenizar o quadro da cibercondria vivenciado no Brasil e, consequentemente, uma melhora na expectativa de vida do cidadão brasileiro.