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Enviada em: 31/07/2019

Ansiedade On-line       Promulgada pela ONU em 1948, a declaração universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem estar. Conquanto, a tecnologia moldada em na cibercondria, impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nesse sentido, é necessário que subterfúgios sejam encontrados a fim de resolver essa inercial problemática.       Vivemos uma realidade em que a informação se torna cada vez mais acessível para o grande público. Com isso, tornou-se possível absorver vários conteúdos a todo instante, seja sobre política em época de eleições, esportes durante competições e doenças quando se pensa estar com algum sintoma. De acordo com o psicólogo Odair Comin, “estatísticas mostram que pelo menos 5% da população sofre com a hipocondria. Muito vem do fato de a sociedade valorizar demasiadamente o corpo e, por consequência, a saúde”, diante do exposto, se uma pessoa acha que está ficando doente, logo recorre à internet pesquisando pelo que está sentindo. Esse hábito gerou um novo termo referente à hipocondria da modernidade: a cibercondria.       Faz-se mister, ainda, salientar que essa prática pode se tornar um vício, uma vez que obter um diagnóstico em cinco minutos de pesquisa no Google é muito mais cômodo do que marcar uma consulta, ir ao médico e passar por uma avaliação completa. Assim, o indivíduo começa a achar sempre que está doente, desenvolvendo um quadro de hipocondria, como impulsionador do problema. “Tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa Humanidade”, dizia Einstein. Diante de tal contexto, o problema real da cibercondria é que diferentes enfermidades compartilham dos mesmos sinais, o que pode gerar uma preocupação desnecessária. Por exemplo, caso ela procure por “dor no lado direito do corpo” na web e encontre como resposta artigos relacionados ao câncer, pedra no rim e outras doenças mais graves, o quadro é, na verdade, apenas um desconforto muscular.       Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação tecnológica e popular que visem à construção de um mundo melhor. A área de saúde governamental poderia criar por meio de sites e da mídia, informações confiáveis sobre dores e consultas online. Dessa maneira, o Brasil poderia superar a cibercondria. A partir dessas ações, espera-se promover uma melhora das condições psíquicas e sociais desse grupo.