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Enviada em: 31/07/2019

Mesmo sendo fonte de empregos, e basicamente uma vitrine que expõem muitas opções de serviços a se usufruir, a internet também é capaz de oferecer um mal. O fácil acesso a informações e a compras de remédios que são entregados na porta de casa são pontos que colaboram com a Cibercondria.    Essa prática pode se tornar um vício, uma vez que obter um diagnóstico em cinco minutos de pesquisa no Google é muito mais cômodo do que marcar uma consulta, ir ao médico e passar por uma avaliação completa. Assim, o indivíduo começa a achar sempre que está doente, desenvolvendo um quadro de hipocondria cibernético: a cibercondria. O psicólogo Odair Comin, comenta sobre o fato: "Estatísticas mostram que pelo menos 5% da população sofre com a hipocondria. Muito vem do fato de a sociedade valorizar demasiadamente o corpo e, por consequência, a saúde".      É possível encontrar remédios para muitos problemas de saúde. Ou, às vezes, nem são problemas de verdade, mas, pela necessidade de a indústria farmacêutica vender seus produtos, são veiculadas propagandas de medicamentos que mostram efeitos quase milagrosos sobre fatores que são ligados a uma saúde decadente. A grande procura por remédios ligados a tristeza, o sobrepeso, a ansiedade, entre outros, são exemplos do quão fragilizados os indivíduos ficam com o "falsos laudos", que os fazem acreditar que há uma necessidade do medicamento."O que não é verdade, pelo contrário, é isso que acaba por deixar o indivíduo mais frágil e indefeso. Isso gera a necessidade de outros medicamentos, criando um ciclo vicioso sem precedentes e extremamente nocivo", ressalta Comin.     Com isso em mente, é essencial destacar que nenhum medicamento, por mais eficaz que pareça na propaganda, deve ser consumido sem antes passar pelo diagnóstico profissional. Muitas vezes o "falso laudo" pode indicar coisas extremas, associando por exemplo, uma dor muscular que o paciente tem com algo muito mais sério.