Materiais:
Enviada em: 02/08/2019

No século XIX – período de invenções e descobertas -, Albert Einstein já temia o dia em que a tecnologia ultrapassasse a interação humana. Hodiernamente, a informação está cada vez mais acessível, e o excesso de conteúdo pode ser prejudicial, como ocorre com indivíduos diagnosticados com cibercondria, que se deriva da hipocondria, pensamento compulsivo sobre o próprio estado de saúde. Nesse sentido, pode se pôr em evidência dois aspectos relacionados a essa problemática: o autodiagnóstico e a automedicação.       Em princípio, observa-se que a cibercondria é um assunto recorrente no Brasil, um dos temas retratados é a busca frequente sobre doenças na internet, pois de acordo com dados do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), no ano de 2018 foram constatados que quarenta por cento dos brasileiros fazem autodiagnóstico médico pela internet. Assim, vale salientar, que isso reflete negativamente na vida das pessoas, uma vez que, ao constatarem similaridades dos sintomas sentidos com as informações obtidas por meio da web, concluem de forma equivocada que estão doentes.            Ademais, segundo a atual Carta Magna do Brasil, em seu artigo 196, é especificado que a saúde é um direito de todos. No entanto, devido à má administração evidenciada por inúmeros casos de corrupção, que provoca a escassez de recursos–de número de hospitais, de médicos e de medicamentos–impossibilita que a sociedade desfrute desse direito. Dessa forma, sem o amparo necessário, a população recorre a alternativas perigosas, por exemplo, a automedicação, que é a prática de ingerir remédios sem a prescrição médica. Em síntese, isso reflete no bem-estar pessoal, uma vez que, o uso indevido de medicamentos pode trazer danos à saúde.         Portanto, em virtude dos aspectos mencionados, fica evidente a necessidade de medidas para reverter essa situação. Desse modo, é dever do Governo ampliar ações de apoio aos cibercondríacos, por meio do Ministério da Saúde, promovendo campanhas e palestras que orientem as pessoas sobre a importância de se consultarem com profissionais qualificados. Além disso, é necessário maior efetividade no combate à corrupção, com leis mais efetivas e maior liberdade de investigação por parte de órgãos como o Ministério Público, para que os recursos tenham destinos adequados. Dessa forma, a sociedade poderá ter livre acesso a um atendimento adequado.