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Enviada em: 17/08/2019

O termo"homo deus",do antropólogo Yuval Harari, afirma que graças à Revolução Científica, o homem pós-moderno pode almejar a imortalidade, outrora própria das deidades. No Brasil, a busca por informações relacionadas à saúde ao alcance de um "click" exprime essa ambição, que impõe paradoxalmente a cibercondria, doença da era digital análoga à hipocondria, causada pelo mau uso de dados obtidos na internet referente a sintomas e tratamentos de enfermidades. Tal cenário é novo e complexo em muitos aspectos, demandando assim medidas por partes das autoridades de saúde pública.   Hermione Granger, personagem da saga Harry Potter, sempre recorria aos livros, perante uma dúvida. Porém, hodiernamente as pessoas "dando um google", tentam de certa forma, interpretar sintomas, encontrar o melhor e mais barato tratamento, desprezando assim, opinião médica especializada, algo que pode ser fatal em certos casos.   Somado a isso, automedicação, praticada por 8 entre 10 brasileiros, é outra postura grave, uma vez que se ignora as variantes bioquímicas de um remédio em cada organismo, seus efeitos colaterais e até mesmo mortais. Essa imprudência se assemelha à do "homem massa", que somente busca a satisfação de suas necessidades e desejos alienando-se de si e do todo, segundo Ortega y Gasset.   Por conseguinte, impende ao Ministério da Saúde junto das secretarias estaduais da saúde e meios de comunicação elaborar campanhas publicitárias focadas em anúncios informativos, que circulem sobretudo em redes sociais, plataformas de streaming e serviços online, definindo e combatendo esse mal digital, de modo que os jovens, maiores usuários de meios tecnológicos, sejam assim os mais conscientizados e possam tomar medidas profiláticas, pois a propaganda deve arraigar ideias profundamente, segundo Goebbles, e nesse caso, ela pode vir ser um fator basilar, corroborando ao homem alcançar sua vocação maior que é ser feliz, conforme  disse Aristóteles e posteriormente santo Tomás de Aquino.