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Enviada em: 07/10/2019

No século XX, durante a Guerra Fria, a internet foi criada com objetivos militares, porém, ao longo dos anos, a ferramenta alcançou os populares e passou a proporcionar o acesso à informação vasta de forma rápida. Tal revolução se estendeu para o ramo da saúde e, hoje em dia, muitas pessoas substituem consultas médicas por pesquisas online, fenômeno denominado "cibercondria". Nesse contexto, convém analisar os desdobramentos da conjuntura em evidência.        Em primeira análise, é fundamental destacar a falta de seguridade das informações disponíveis. Ao utilizar qualquer ferramenta de busca, o usuário é direcionado a milhões de páginas sobre o tópico procurado, bastando apenas que ele escolha em qual se basear. Todavia, muitas dessas fontes são errôneas e, se tratando de saúde, seguir as instruções contidas nestas pode acometer seriamente a saúde dos indivíduos. Dessa forma, evidencia-se que a arrepsia diante de sites sobre saúde é um fator de risco.        Ademais, deve-se ressaltar as proporções da cibercondria no Brasil. Segundo o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, cerca de 40% dos brasileiros fazem autodiagnóstico pela internet, dado que expõe que uma prática que deveria ser apenas complemento da consulta médica acaba por ser a única fonte de boa parte da população. Consequentemente, os danos da cibercondria tornam-se um infortúnio de viés público, haja vista os impactos do hábito na saúde dos indivíduos.        Destarte, ratificam-se os impasses secundários da problemática. Cabe ao Ministério da Saúde, juntamente com a Associação Médica Brasileira, elaborar um sistema de certificação de sites sobre saúde, no qual as fontes confiáveis obtenham um selo de seguridade, para que os usuários saibam identificar quais páginas da web podem ser usadas como complemento do diagnóstico médico. Além disso, a mídia deve realizar campanhas de alerta à população sobre a forma correta de utilizar a internet em pesquisas relacionadas à saúde.