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Enviada em: 04/10/2019

Ao afirmar, “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, Nelson Mandela tematiza a relevância do conhecimento para a transformação do homem e de toda a sociedade. No Brasil, no entanto, observa-se um aumento no autodiagnóstico a partir de pesquisas online e os principais fatores que conduzem a esse cenário são o imediatismo e a falta de informação da população.        Cibercondria é o termo designado ao hábito de buscar sintomas na internet resultando no autodiagnóstico de doenças. Entretanto, apesar de parecer inofensivo, esse comportamento pode trazer consequências graves. Essas, por sua vez, se desdobram em preocupações desnecessárias, diagnóstico errado e automedicação. Sob a ótica do filósofo Bauman, o ser humano é regido pelo imediatismo e isso se torna evidente ao analisar a cibercondria, onde a facilidade e a rapidez da busca online, ainda que duvidosa, é preferida em relação ao hospital.            Outro impulsionador do problema é a falta de informação por parte das pessoas. Tal situação pode ser relacionada ao acidente com césio 137, quando diversos indivíduos entraram em contato com a radioatividade sem saber, resultando em contaminação e óbito dos envolvidos. De maneira análoga, a automedicação sem informação pode trazer riscos à pessoa e à sociedade de modo em que resulta na resistência dos agentes infecciosos e no eventual desenvolvimento de superbactérias.              Infere-se, portanto, a necessidade de medidas que amenizem o quadro atual. O Ministério da Educação deverá criar projetos de palestras a serem ministradas em escolas afim de educar e conscientizar os alunos sobre os riscos da automedicação. Além disso o MEC, em conjunto com a mídia deverão veicular campanhas publicitárias nas redes sociais advertindo os usuários sobre o perigo da autodiagnosticação. Somente assim, será possível combater a cibercondria e suas consequências.