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Enviada em: 17/06/2017

No ano de 2013 Benedito Oliveira morreu, vítima de intolerância racial. Seus agressores eram neonazistas e afirmaram: "Negro tem que morrer mesmo". O que tornou o caso mais inquietante foi o fato do crime ser dado como lesão corporal grave, evidenciando a má qualidade das leis do Brasil. Outrossim, anos depois, novos métodos de propagar o ódio individual disfarçado de liberdade de expressão começaram a ser utilizados, as redes sociais. Dessarte, fica evidente analisar a problemática da liberdade individual, uma vez que ela pode se solidificar em violência física ou virtual.       Primeiramente, as leis que deveriam assegurar o bem estar social são ineficazes, gerando impunidade às pessoas que alastram seus pensamentos intolerantes. Na Alemanha, foi aprovado um projeto de lei que gera multas milionárias às organizações virtuais que não removerem os chamados "fake news" ou notícias falsas. Conquanto, no Brasil hodierno, as leis são vultosamente leves, chegando a apenas três anos de reclusão. Dessa forma, nota-se que o país ainda precisa desenvolver seu sistema de leis e organizar melhor seus processos de identificação de casos com crimes de ódio para assegurar o bem estar da sociedade.       Em um outro plano, meios tecnológicos que surgiram para melhorar o acesso à informação, ganharam uma nova vertente, o discurso de ódio nas redes sociais. Com o advento técnico-científico-informacional, surgiram os meios de comunicação que quebraram barreias entre os continente. Inobstante, pessoas com más intenções utilizam desse meio para irradiar sua liberdade de expressão em forma de intolerância, seja racial, étnica, de gênero ou misoginia. Ademais, esse meio é muito acessado para tal prática, pois permite o anonimato aos contemporâneos insipientes.       Destarte, em virtude dos fatos supracitados, é indubitável afirmar que o discurso de ódio advindo da liberdade de expressão individual mal intencionada se configura em uma grande problemática para o Brasil. Para combatê-la, o governo deve junto ao ministério da justiça, punir de forma mais rígida os indivíduos que pratiquem crimes de ódio, a partir da elaboração de leis mais rigorosas aumentando a quantidade de anos e a multa, assim como melhorar o processo de identificação de tais casos. Por conseguinte, as instituições de ensino devem atenuar as altas taxas de intolerância ainda na infância, por meio da elaboração de projetos com a temática da diversidade cultural, étnica, de gênero, misoginia, racial, política e ideológica. Ademais, as escolas devem disponibilizar mais aulas de sociologia e filosofia para garantir criticidade ainda na infância. Apenas assim, pessoas como Benedito Oliveira poderão viver bem na sociedade.