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Enviada em: 13/07/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, econômicas e políticas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XX. Nesse contexto, a mortalidade infantil decorrente dos déficits sanitários e médico-hospitalares das nações, reflete essa realidade.       Primeiramente, a problemática tem origem na falta de saneamento básico. Nesse contexto, segundo dados da ONU, cerca de 40% dos índices de mortalidade infantil do mundo estão associados a parasitoses de veiculação hídrica. Assim, as nações pobres e carentes de políticas de tratamento de água sofrem com esse mal, resultando em números alarmantes de natimortos.       Outrossim, vale ressaltar que a não prestação de serviços médicos colabora com o drama da morte nos primeiros meses de vida. Desse modo, a carência de hospitais, médicos e equipes multidisciplinares, além da falta de atenção básica em saúde e do contato permanente com  a educação preventiva, reforça negativamente e de maneira proporcional o aumento da mortalidade neonatal. Nesse contexto, salienta o sanitarista brasileiro, Oswaldo Cruz, que favorecer a atenção primária é evitar gastos e desconfortos com a atenção terciária.       O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço da mortalidade infantil, deve tornar-se efetivo, uma vez que representa um retrocesso para a sociedade. Dessa forma, é preciso que as nações desenvolvidas financiem o aporte sanitário das nações pobres com intuito de reduzir as enfermidades infantis causadas pela água. Além disso, ONGs, tais como;"Médicos sem fronteiras", devem ser financiadas e apoiadas pelo Banco Mundial a fim de ampliar os números de atendimentos pelo mundo. Por fim, o Poder Executivo das Nações precisam investir mais na atenção primária da saúde com a finalidade de prevenir é não remediar, assim como propõem a Doutrina Sanitarista de Oswaldo Cruz criada no início do século XX.