Materiais:
Enviada em: 08/08/2017

Infância roubada  Em setembro de 2000, a Cúpula do Milênio promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu para os líderes de 189 países algumas metas em prol do desenvolvimento e qualidade de vida. Diante deste contexto, uma das metas estipuladas foi a redução da mortalidade infantil. Porém, apesar do Brasil ter diminuído a morte de crianças em cerca de 70% nos últimos anos, ainda há muito avanço para atingir-se o desejado.  Em primeiro lugar, é possível verificar a satisfatória redução da mortalidade infantil no Brasil. Dessa maneira, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) de 1990 a 2015 a taxa de mortandade de crianças menores de cinco anos caiu de 61 óbitos a cada mil nascidos para 16 mortes a cada mil nascimentos. Nessa perspectiva, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) atribui o declínio da mortalidade ao aumento da escolaridade feminina, à elevação de domicílios com saneamento básico adequado e devido ao maior acesso da população aos serviços de saúde. Contudo, apesar dos avanços a meta está longe de ser alcançada.  Dessa forma, a despeito da enorme redução da mortalidade infantil, há grande disparidade entre as regiões. Diante disso, os dados do IBGE revelam que os estados mais pobres são os que mais sofrem, como no caso do Amapá e do Maranhão com 23,5 e 22,4 óbitos a cada mil nascidos, respectivamente. Enquanto isso, estados mais desenvolvidos e preparados para atenderem a população como Espírito Santo e Santa Catarina possuem números pequenos, ou seja, 9,2 e 9,5 mortes por mil nascimentos, respectivamente. Em suma, percebe-se como a desigualdade entre os estados afeta tragicamente a população.  Fica claro, portanto, que ainda que a mortalidade infantil apresente redução drástica no país, é preciso mudanças para reduzi-la em todos os estados. Por isso, cabe ao Estado, por meio de políticas públicas mais igualitárias, garantir infraestrutura e saneamento básico de qualidade, maiores investimentos em saúde e eficiência em atendimentos e cuidados às gestantes. Não obstante, cabe à mídia realizar o processo de conscientização familiar sobre os cuidado na gravidez, através de propagandas televisionadas, folders explicativos, informações em jornais e revistas e campanhas nas redes sociais. A mudança é necessária, já que, recém-nascidos não deveriam sofrer devido à ganância e intolerância do homem.