Materiais:
Enviada em: 11/08/2017

O futuro da nação  Desde os processos denominados "revoluções industriais" e a ascensão do capitalismo, prioriza-se demasiadamente produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Dessa forma, populações periféricas são esquecidas e colocadas à margem da sociedade, o que justifica os altos índices de mortalidade infantil no Brasil.  Segundo Milton Santos, a globalização é perversa, corrompe a noção de solidariedade e reduz as noções de moralidade pública e particular em quase nula. Apesar disso, como evidencia o geógrafo brasileiro, o mundo globalizado é visto como uma fábula e o índice de mortes infantis não é de conhecimento de todos, haja vista que a máquina ideológica faz crer na homogenização global e na acessibilidade tecnológica.   Já o filósofo polonês Zygmunt Bauman caracteriza a hodiernidade por uma modernidade líquida, a qual os relacionamentos se liquefazem com facilidade e o consumismo é excessivo. Tais características são resultado do "globaritarismo" descrito pelo estudioso citado no parágrafo anterior. Por consequência, fatores como falta de assistência às gestantes, ausência de acompanhamento médico à recém-nascidos, desnutrição e deficiência no saneamento básico prejudicam a população infantil.  É necessário, portanto, um julgamento mais crítico e alteridade perante às populações mais pobres, para que se possa reivindicar melhoras na qualidade de vida das crianças pertencentes a esse grupo. Logo, investimentos governamentais brasileiros em hospitais, programas de incentivo a pré-natais e a formação de médicos pediatras em áreas fragilizadas são de suma importância. Ademais, o investimento em saneamento básico em áreas periféricas reduziria a mortandade de bebês significativamente. Dessarte o mundo poderá ser visto como uma possibilidade para a construção de uma outra globalização.