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Enviada em: 14/08/2017

Igualando os degraus        As desigualdades humanas que exercem negativamente sobre vários aspectos na sociedade são pontos discutidos em encontros com vários líderes mundiais na busca de diminuir os graves problemas sociais, conhecidos como metas do milênio. Dentre elas, destaca-se a quarta meta a qual visa a redução da mortalidade infantil, alcançada por vários países, inclusive o Brasil, mas que permanece distante para locais pobres e com constantes instabilidades políticas como o Afeganistão e a África. Mas o que impede esses outros países a cumprirem os indicadores propostos já que várias medidas adotadas são semelhantes  em diferentes lugares, entretanto com discrepância enorme no resultado?          Grande parte da sociedade acredita que para atingir as metas despende-se de montantes significativos e também são autoexcludentes na responsabilidade de ações para mudar essa realidade, atribuindo-a integralmente ao governo. Contudo, projetos como o "Mãe Coruja Pernambucana", premiado pela Organização das Nações Unidas conseguiu diminuir os índices de mortalidade infantil na área do sertão- um dos locais mais pobres do Brasil, mas com o crucial engajamento tanto da população quanto do governo estadual, investindo nos profissionais de saúde, em educação e principalmente no acompanhamento desde a gravidez até o quinto aniversários das crianças.         Em contrapartida, alguns lugares não conseguem avançar mesmo com a tentativa de ajuda oferecida como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. As oito metas do milênio são como degraus e devem ser conquistadas por etapas as quais não se anulam, como o fato de reduzir a mortalidade infantil sem conseguir erradicar a pobreza ser impossível. Da mesma forma ocorre no Afeganistão, país com o maior índice de óbitos de crianças, com baixa alfabetização da população e extremo conservadorismo à igualdade de gênero, o que estabelece barreiras às mudanças imprescindíveis para alcançar a igualdade no desenvolvimento humano da população.         Portanto, observa-se que  para garantir o cumprimento da quarta meta do milênio faz- se necessário um tripé de medidas as quais englobam o poder público, a sociedade e organizações internacionais. Em locais com governos extremistas a ONU e o PNUD devem criar maiores sanções objetivando que os direitos básicos sejam garantidos. Já a sociedade pode atuar denunciando e colaborando em organizações não governamentais com palestras, divulgação em redes sociais de ideias baratas, e principalmente verificando se o poder público de cada região está com projetos ativos com resultados que consigam se igualar aos degraus dos que já eliminaram essa mazela social.