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Enviada em: 13/07/2018

Em agosto de 1945 o mundo testemunhou o poder devastador da fissão nuclear. As bombas atômicas "little boy" e "fat man", lançadas pelos EUA nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki causaram, além do término da Segunda Guerra Mundial, uma espécie de temor coletivo em escala mundial.            O medo de uma possível guerra atômica se intensificou durante o período da Guerra Fria. Nesse período o risco era tamanho que o "Doomsday Clock", relógio teórico criado durante a guerra fria - e que até os dias atuais existe - sinalizou por mais de uma vez o fim do mundo por um holocausto nuclear. Esse relógio, inclusive, em pleno século XXI, sinaliza que o mundo está mais perto do "armagedom" do que no auge dos conflitos ideológicos entre USA e URSS durante a Guerra Fria.             A crise nuclear é, ainda, um pano de fundo velado no âmbito da política internacional. Discussões envolvendo a política armamentista de países como a Coreia do Norte, por exemplo, relembram o mundo que o  uso bélico da energia nuclear pode se tornar realidade a qualquer momento.             Mas, afinal, o que fazer para resolver o impasse atômico? Como disse certa vez Descartes "não existem métodos fáceis para problemas difíceis". O medo de uma guerra atômica é real e um problema complexo.  É fundamental, por exemplo, que a ONU, em especial o Conselho de Segurança, fiscalize e aplique sanções a países com objetivos bélicos para uso da energia atômica. Também é necessário um amadurecimento transnacional no sentido da completa erradicação de ogivas nucleares. Além dessa atuação da ONU, é necessário também que a sociedade - a exemplo de ONGs, acadêmicos e órgãos do governo - independentemente da bandeira ou corrente política, direcione esforços para reabertura da agenda de discussões sobre o uso da energia nuclear, a fim de que a máquina de guerra nuclear se torne apenas história de séculos passados, e finalmente o "Doomsday Clock" seja aposentado.