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Enviada em: 18/07/2018

De onde vem o medo? O medo nuclear é comum para a sociedade atual. Afinal, em menos de cem anos ocorreram catástrofes como  Chernobyl, Fukushima, Hiroshima e Nagasaki. Mas é importante lembrar, que o risco assumido diante destes desastres foram em prol do desenvolvimento econômico e político dessas cidades. É impossível não se comover com os relatos de "Vozes de Chernobyl, ou com a imagem das crianças de Hiroshima. No entanto, deve-se lembrar que antes dos desastres, as usinas nucleares beneficiaram direta ou indiretamente as pessoas das regiões atingidas. E que as bombas de hidrogênio no Japão foram resposta ao posicionamento político do país, o qual também lançou misseis e matou centenas de pessoas durante a segunda guerra mundial. O que deve-se levar em conta nesta discussão, é o porque de se assumir os riscos. Anthony Giddens, apresenta em " As Consequências da Modernidade" o sistema de perito, que é assumir o risco a partir da confiança dada pelo fatores que envolvem a ação. Por exemplo, é possível prever que acidentes nucleares aconteçam, mas se eles acontecerem de trinta em trinta anos, é provável que se aceite usinas atômicas. É certo que a confiança aumenta se o conhecimento sobre o modo que se opera um sistema é maior, mais claro e acessível. Assim sendo, o medo   do desenvolvimento nuclear pode ser suprimido se os governantes mundiais se comprometerem com pesquisas mais transparentes  e no desenvolvimento de formas de não contaminação dos resíduos tóxicos no ambiente. De fato, estamos a mercê dos perigos atômicos, porque sim, os riscos vão ser assumidos, o que cabe a cada um de nós é refletir quem são os beneficiados ou não destas ações e porque elas são aceitas.