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Enviada em: 07/08/2018

"Não sei como será a Terceira Guerra Mundial, mas sei como será a Quarta: com pedras e paus." A frase do físico-matemático Albert Einstein explicita de que maneira os avanços tecnológicos e bélicos implicam destruições irreversíveis, com mais destaque às armas atômicas. Com efeito, episódios históricos e o manejo incorreto de compostos radioativos ratificam a tese de que o comportamento atômico oferece riscos inúmeras vezes maiores a seus benefícios, por isso o medo nuclear torna-se incontrolável.    Em primeira análise, é mister a compreensão de que os Estados ainda lutam por soberania atômica. Em síntese, analogamente à Segunda Guerra Mundial, alguns países contemporâneos argumentam a atividade nuclear como medida de segurança pública em tempos de instabilidade social, à medida que outros alegam apenas a produção de energia. No entanto, controles externos permitem a diminuição desse desenvolvimento químico, como exemplo do Tratado de Não Proliferação Nuclear, instaurado em 1968. Com isso, políticas de colaboração entre países fazem-se necessárias ao passo de que a radioatividade também possui eficientes aplicações.    Ademais, não há como negar que a medicina e os ambientes naturais contam com dois extremos da atomicidade. Em decorrência disso, observa-se constante aumento de tratamentos médicos respaldados na utilização da radioterapia, a qual ajuda a tratar o câncer. Além disso, é notório que a energia nuclear é relativamente mais limpa ao ser comparada a combustíveis fósseis, assim, seu uso traz uma queda dos índices de CO2 na atmosfera. Por outro lado, na esfera negativa, evidenciam-se os problemas de saúde e os acidentes causados pela radioatividade, como o evento goiano em 2015, no qual centenas de pessoas foram afetadas pelo indevido destino do composto radioativo Césio 137. Nada disso, porém, seria tão prejudicial à saúde se a tecnologia atômica fosse reavaliada.    Fica clara, portanto, a necessidade de medidas interventoras e que cessem o medo populacional frente à química moderna. Para tal objetivo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas deve investigar como os países detentores da soberania nuclear estão aplicando esse meio, além de propor outras formas de garantir a seguridade do povo, a fim de estimular a paz e delimitar ações maléficas. Em consonância, os cidadãos precisam pressionar seus estados a investirem no isolamento de substâncias radioativas, com apoio de políticas ambientais concretas, para que as ideias de Albert Einstein não edifiquem-se no plano real.