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Enviada em: 25/08/2019

Não há dúvidas que as palavras nuclear, atômico e radiação geram medo e ansiedade em muitas pessoas.        De fato, estudos descobriram que uma das consequências mais graves para a saúde em Chernobyl foi o dano psicológico, incluindo o estresse pós-traumático, inclusive em pessoas não afetadas pela explosão. Sintomas fantasmas e taxas de suicídio dispararam. O medo, ao que parece, é um dos piores efeitos de um acidente atômico.    Os defensores nucleares reclamam que as pessoas têm desproporcionalmente, e até irracionalmente, medo da energia nuclear. Certamente há algo real nesta queixa. De acordo com um estudo de James Flynn, pesquisador da Decision Research, o público nos Estados Unidos e Canadá parecem temer os acidentes nucleares mais do que qualquer outro tipo de desastre - mesmo que o setor tenha acumulado um altíssimo recorde de segurança.        Embora se interprete a realidade por meio das lentes do nosso conhecimento e consciência atuais, as raízes dos sentimentos sociais comuns não são tão óbvias quanto as imagens de nuvens de cogumelos. Eles são o resultado de como interpretamos e projetamos símbolos fundamentais do bem e do mal, como incorporamos novas ideias e novas capacidades ao nosso conhecimento já existente.       Assim sendo, a melhor coisa que a usina nuclear pode fazer para combater o medo atômico é evitar, em primeiro lugar, os contratempos. E as indústrias têm se saído bem neste quesito. Mas eventos inesperados podem acontecer. E, justos ou não, acidentes envolvendo energia nuclear provavelmente serão sempre mantidos em um padrão mais alto.       Então, é certo que as fontes de energia continuarão a crescer e a se expandir por todo o mundo. Estas fontes precisam ser incorporadas aos tipos de futuro sustentáveis de energia limpa, nos fornecendo uma energia necessária, sem provocar medo ou guerra, preservando o tempo todo as liberdades essenciais que prezamos acima de todas as coisas.