Materiais:
Enviada em: 20/06/2017

O medo atômico assola a humanidade desde o bombardeio nuclear das cidades de Hiroshima e Nagasaki, que pôs fim a segunda guerra mundial. Nesse contexto surge a guerra fria, período histórico caracterizado pela bipolarização planetária entre o bloco capitalista (EUA) e o socialista (URSS), que resultou na corrida armamentista. Elevados gastos militares foram destinados ao desenvolvimento do poder bélico e consequente determinação da influência mundial. Trata-se de um confronto indireto entre as potências, dada a inviabilidade da vitória em uma guerra nuclear.      Com o fim do conflito, o tratado de não proliferação atômica (TNP) foi estabelecido com o intuito de não propagar as armas nucleares e trazer tranquilidade à população. A política passa por transformações e a globalização da economia é propagada, abrindo as fronteiras internacionais para o capitalismo. A produção em massa é alastrada e a revolução industrial mostra que chegou para transformar o mundo. O consumismo torna-se o marco nesse novo panorama e o meio ambiente sofre impactos socioespaciais, resultando em alterações na composição da atmosfera, esgotamento dos recursos naturais, intensificação do efeito estufa e o avanço do aquecimento global.      Nesse cenário, emerge o conceito de sustentabilidade, defendido como o meio para conciliar o crescimento social e a conservação da natureza. Ambientalistas defendem investimentos em energias limpas e renováveis, no entanto muitos acreditam que o uso da engenharia nuclear é a única  forma de reduzir esses efeitos de forma imediata, já que a alta demanda por energia não seria suprida pelas fontes eólica ou solar.        Dessa forma, novas tecnologias nucleares com fins pacíficos devem ser desenvolvidas, utilizando-se o elemento tório por exemplo, mais difícil de ser aplicado na criação de armas nucleares, mais abundante que o urânio no planeta e não gerador de resíduos de longa vida. Além disso, deve haver a destinação adequada aos resíduos através da criação de cemitérios nucleares seguros para a perpetuação da humanidade.