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Enviada em: 27/04/2018

No século XXI, as adversidades urbanas são causadas por um finito número de fatores, dentre os quais são designados economicamente, socialmente e culturalmente. O "inchaço" nas grandes cidades é propiciado pelos motivos anteriores quando é visível que as pessoas sofrem, por exemplo, pela falta de emprego, exclusão social e xenofobia, respectivamente. Visivelmente, muitas cidades ainda não contam com uma infraestrutura adequada para demasiada quantidade de pessoas, gerando assim transtornos à uma população.   A partir do encetamento das produções em massa na década de 20, quando houve uma expansão na quantidade de empresas, e, consequentemente, uma maior necessidade de mão de obra, milhares de pessoas que viviam na zona rural migraram-se aos centros urbanos a fim de uma estabilidade financeira, embora atualmente o desemprego no país, segundo o IBGE, seja de 13 milhões de pessoas. Hoje, o Brasil também conta com a falta de saneamento, as moradias irregulares em locais propensos ao deslizamento, o excesso de lixo, a dificuldade da mobilidade urbana e a poluição, logo, o crescimento populacional aliado à falta de uma política habitacional eficaz, deixa visível a falta de fiscalização por parte das autoridades públicas em muitos estados.   É válido salientar os prejuízos sociais e culturais advindos da problemática. "Sabemos como o espaço vem sendo cerceado. A cidade está cada vez mais subdividida, temos que passar essas barreiras para o convívio". A frase do arquiteto carioca Pedro Rivera, faz refletir como o individualismo das relações contemporâneas ainda são vividas casualmente, o que resulta numa sociedade sintética, sem tempo e acostumada com os grandes índices de violência. A ocupação das grandes cidades ao gerar a falta de empregos, induz o alto índice de criminalidade, que também é visto de modo "padronizado" em alguns territórios. A frase citada igualmente retrata a questão xenofóbica a exemplo do Brasil, afinal, embora os brasileiros demonstrem uma certa curiosidade ao diferente, o sentimento de superioridade ainda é retratado, como algumas regiões ainda numa certa oposição contra o Nordeste.   Fica claro, portanto, que a ocupação urbana desordenada é um problema grave que atinge diversos campos e precisa ser solucionado. Para tal, é necessário que a prefeitura inicie construções em locais carentes de infraestrutura, instituindo encostas, escadas e rampas para melhor mobilidade; que o governo também faça-se presente na construção de moradias com menores custos para pessoas de baixa renda; que o Ministério da Cultura interfira em locais ocupados por pessoas pobres, fornecendo instituições que busquem a inclusão social, como a aplicação de centros comunitários que ofereça educação e lazer às crianças e que a criminalidade diminua na manutenção de modelos carcerários.