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Enviada em: 09/05/2018

Com o advento da Revolução Industrial, no século XVIII, as pessoas começaram viver próximo das fábricas, fazendo surgir os primeiros traços de urbanização. Três séculos após esse divisor de águas, as cidades tiveram um enorme desenvolvimento, e possuem, atualmente, milhões de habitantes. Entretanto, o crescimento não teve nenhum plano de urbanização, o que gera muitos transtornos aos indivíduos. Nesse sentido, convêm analisar quais as consequências da ocupação desordenada no Brasil.                        Segundo o IBGE, mais de 11 milhões de pessoas moram em favelas, o representa 6% da população do país. Isso ocorre porque, as cidades grandes oferecem mais empregos, atraindo migrantes  pela esperança de uma vida melhor; entretanto, a vida não é exatamente como a sonhada, e com a necessidade iminente de se alocar, essas pessoas acabam indo para as encostas de morros, ou terrenos que não são abrangidos pelo mercado imobiliário. Por consequência dessa falta de planejamento, os indivíduos constroem moradias precárias em ambientes que não oferecem o mínimo de dignidade, o que acaba, muitas vezes, em catástrofes.               Ademais, de acordo com a Rede Nossa, existem mais de 400 mil prédios desocupados em São Paulo, situação contraditória, visto que existe um deficit de 700 mil moradias na cidade. Isso decorre porque, muitas vezes, os proprietários não têm recursos para arcar com os gastos, e deixam os edifícios se deteriorando por anos. O resultado disso são pessoas invadindo esses lugares para sair das ruas, o problema é que a estrutura destes locais, muitas vezes, estão comprometidas e põem em risco a vida da população, como foi o caso que aconteceu no dia primeiro de maio de 2018,  quando um prédio de 24 andares pegou fogo e desabou, levando a óbito duas pessoas.                  Torna-se evidente, portanto, que a ocupação irregular precisa ser resolvida para proporcionar uma vida melhor as pessoas condicionadas a esses problemas. Em razão disso, o Governo, em parceria com a defesa civil, deve identificar as casas em risco e realocar os moradores para conjuntos habitacionais, que possuam: acesso a escolas, meios de transporte públicos e  hospitais, no intuito de propiciar uma melhor qualidade de vida aos cidadãos. Além disso, a defesa civil deve , periodicamente, visitar os prédios abandonados e encaminhar os moradores dali, para os conjuntos. Por outro lado, faz-se necessário que as Prefeituras exijam dos responsáveis pelos imóveis em abandono, o pagamento da dívida, sob pena de confiscá-los e leiloa-los, utilizando esse recurso para a construção de novas moradias para a população carente.  Desse modo, os ocupantes terão, de fato, boas chances de tornar real a vida que sempre sonharam.