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Enviada em: 23/05/2018

O crescimento desenfreado das cidades tem sua origem na Inglaterra, durante a Primeira Revolução Industrial, no final do século XVIII. Período em que houve um aumento significativo do número de indústrias, que atraiu trabalhadores em busca de emprego aos centros urbanos, fazendo com que a população crescesse gradativamente, fato que perpetua nos dias atuais. Porém, esse crescimento torna-se um problema quando não é anteriormente previsto e, com isso, pode causar um verdadeiro caos nas cidades.       A ocupação desordenada gera a periferização de áreas urbanas, proliferando habitações insalubres. Com o advento do aumento exponencial das cidades, ocorre uma indisponibilidade de moradia nas regiões centrais. Isso faz com que a população, principalmente da classe mais baixa, se desloque para as periferias, ocupando áreas inadequadas e vivendo em moradias precárias, já que o dinheiro não dá para pagar por boas casas nos centros. Segundo a pesquisa da consultoria Serasa Experian, as periferias abrigam 29% da população brasileira, o que deixa claro a necessidade de atenção voltada para essas áreas.       Outra consequência da expansão das cidades é a falta de estrutura para atender a população, que acentua a desigualdade social. Com a deficiência de políticas públicas que garantem a moradia, ocorre, muitas vezes, a ocupação ilegal de prédios e casas abandonadas, que oferecem riscos aos indivíduos. Como exemplo, o incêndio ocorrido em abril de 2018 em um prédio tomado de forma irregular, em São Paulo, que matou 9 pessoas. Tal fato evidencia o risco da ocupação inadequada para as pessoas que a realiza.       Portanto, medidas devem ser tomadas para solucionar os problemas consequentes da ocupação urbana inapropriada. A princípio, o governo junto com a Caixa Econômica Federal deve investir em programas de habitação social em locais seguros, para garantir às pessoas mais empobrecidas moradia de qualidade e para evitar a periferização. Além disso, a Polícia Militar e os bombeiros devem fiscalizar, periodicamente, edificações ocupadas irregularmente, para intervir no caso de apresentarem riscos à vida. Dessa forma, a ocupação poderá ser desenvolvida de forma adequada e segura.