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Enviada em: 24/07/2018

Relativo à ocupação urbana, pode-se afirmar que ela começa a se fazer de maneira desordenada nos primórdios da Revolução Industrial, a partir do século XVIII. Desde então, o cenário vem se agravando através do aumento de áreas críticas com condições sub-humanas de habitações, demandando cada vez mais soluções básicas a um Estado que tem se mostrado ineficiente.       Com o advento da industrialização, as cidades se tornaram sinônimo de  lugares de oportunidades, sucesso, e acima de tudo, esperança de melhores condições de vida. Em decorrência, o campo virou palco de um intenso êxodo, e a urbe sofreu um agressivo povoamento, como mostra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o qual afirmou em 2008 que na metade do século 20, a população urbana passou de 19 milhões para 138 milhões. Essa ocupação densa e súbita, desprovida de infraestrutura e planejamento, trouxe consequências que ecoam até hoje em vários setores: Caos do trânsito à gestão de saúde pública, da educação básica aos índices de criminalidade.       Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), a humanidade presencia um fato histórico, o qual mais de metade da população vive em cidades. Porém, o modo de vida da maioria dos citadinos dá-se de maneira marginalizada, pois, em 2006, segundo a ONU, cerca de 30% da população brasileira vive em favelas. Essas formas de assentamento irregulares e insalubres, com escasso acesso aos serviços essenciais como saneamento básico, trazem enormes problemas interligados, como lixões, esgotos à céu aberto, e doenças. Em virtude disso, e somado à falta de gestões governamentais competentes e sensíveis às questões demográficas, pontuam-se aumento da pobreza, fome e criminalidade, além da insustentabilidade na utilização dos recursos naturais.       Diante do cenário caótico em que as cidades se encontram, torna-se imprescindível políticas públicas mais impactantes. O poder executivo deve promover a descentralização dos parques industriais, através de incentivos fiscais em locais menos povoados, garantindo uma melhor distribuição populacional. De mesmo modo, é de crucial importância maiores investimentos do governo em saneamento básico nas comunidades, fator preponderante aos demais, resultando numa diminuição de doenças e insalubridade. Simultaneamente, o Estado deve intensificar programas sociais nas periferias, nos quais a população participe ativamente, como criação de cursos profissionalizantes, palestras de cunho ambiental e de saúde coletiva, bibliotecas vivas municipais; promovendo assim a inclusão e integração dos moradores, resultando numa maior qualidade de vida. ,devido à postura ineficiente do Estado diante das necessidades de uma população, que atualmente, se divide meio a meio no espaço rural e nas cidades.