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Enviada em: 24/07/2018

Implicações da macrocefalia citadina         A terceira Revolução Industrial, aliada à mecanização do campo, a partir do século XX, vêm provocando o constante êxodo rural, no Brasil. Além disso, o governo de Getúlio Vargas criou leis trabalhistas apenas nas cidades, o que encorajou, ainda mais, o homem do campo a migrar para os centros urbanos. No entanto, a falta de controle do estado, insuficientes investimentos nos pequenos vilarejos, bem como a especulação imobiliária gera a favelização e a precarização das condições de vida na área urbana.        Em primeiro lugar, o insipiente planejamento do poder público para atender o rápido aumento populacional nas capitais brasileiras traz sérios problemas coletivos, que reduzem drasticamente a qualidade de vida dos cidadãos. Aliada a essa inércia governamental, está a preferência das empresas por se instalarem em capitais, o que atrai os trabalhadores, em busca de emprego. Outro fator importante é o encarecimento dos imóveis com localizações e estruturas privilegiadas, tornando sua aquisição possível apenas para a pequena parcela abastada da população.        Por conseguinte, os mais pobres precisam improvisar e instalar-se em locais impróprios para a moradia. Essa situação é refletida na favelização, na construção em locais susceptíveis a alagamentos e deslizamentos. Além de implicações como a falta de saneamento básico e água potável, e também dos grandes deslocamentos para ir ao trabalho, o que geram os trânsitos caóticos. O sociólogo Karl Marx disse que “as inquietudes são a locomotiva da nação”. Nesse contexto, percebe-se que é insustentável os problemas ocasionados pela ocupação descontrolada das metrópoles.        Diante do exposto, deve-se adotar mecanismos para garantir condições dignas à população citadina. Cabe ao Governo Federal encorajar a abertura de empresas nas pequenas cidades e zonas rurais, através de incentivos fiscais e diminuição da burocracia, a fim de gerar empregos e aliviar a concentração demográfica nas metrópoles. As Secretarias Estaduais devem demarcar áreas proibidas à construção, realizar a fiscalização e realocar os moradores, em situação de risco, para projetos do governo, como o “Minha casa, minha vida”, com o objetivo de minimizar os problemas gerados pela macrocefalia urbana.