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Enviada em: 26/08/2018

Em "As crônicas de gelo e de fogo",  Porto Real é a maior cidade de Westeros, com cerca de um milhão e meio de habitantes, na qual a maioria vive em condições sub-humanas devido aos precários serviços públicos que não conseguem suprir a demanda da superlotação. Os livros de fantasia de George R. R. Martin retratam uma situação presente também no mundo moderno e traz transtornos, principalmente, à inclusão integral de todos os grupos na sociedade, ao acesso de serviços básicos à população e aos problemas estruturais e ambientais nos grandes centros urbanos.     É evidente, que na  contemporaneidade, todos os centros urbanos possuem uma arranjo espacial fracionado, ou seja, uma grande diferença nas distribuições de riquezas no âmbito regional, segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - um terço da população urbana vive em condições de extrema pobreza, vivendo de maneira segregada dos demais habitantes, uma vez que pouco frequentam espaços culturais como teatro e cinema.     Consoante a isso, o movimento migratório à procura de emprego nos centros urbanos é comum desde o inicio da industrialização no Brasil, que ocorreu de maneira centralizada, principalmente na região sudeste. Entretanto, a necessidade de formações acadêmicas incita a procura por empregos informais e moradias em aglomerados urbanos que não são planejados, não possuem serviços de esgoto e/ou água potável, marginalizando essas pessoas desprovidas de direitos básicos assegurados pela ONU - Organização das Nações Unidas e pela carta magna do país.    De maneira geral, é importante destacar que o inchaço urbano provoca, acima de tudo, o desmatamento de áreas florestais e excesso na emissão de gases poluentes, prejudicando a fauna e a flora dos locais ocupados. Parafraseando uma das leis de Newton que enuncia a necessidade de forças para que um corpo inerte entre em movimento, observa-se a necessidade de gestões gornamentais.     Vê-se, portanto, diversas consequências da ocupação urbana desordenada. Urge de medidas enérgicas para reverter tais problemáticas. O Ministério da Educação deve promover a criação de cursos técnicos acessíveis à todos os níveis sociais e o Ministério do trabalho criar politicas públicas para inserção de todos os grupos no mercado de trabalho. Além do mais, ONGs e o Ministério da cultura devem fazer eventos culturais, para que seja disponibilizado o acesso aos teatros e cinemas pela população marginalizada. Por outro lado, o Ministério público e o governo federal deve investir na reurbanização dos aglomerados que não possuem saneamento básico e serviços públicos adequados. Por fim, parques ecológicos e a promoção de uma cidade mais sustentável pelo Ministério do meio ambiente são fundamentais, para que  as áreas urbanas não se assemelhe à Porto Real.