Materiais:
Enviada em: 30/10/2018

Após a crise de 1929 e a queda da economia cafeeira, o Brasil passou por um processo de crescimento industrial, em especial, nas grandes cidades da região Sudeste. Com isso, houve um enorme êxodo rural e um aumento nas taxas de migração pela maior oferta de emprego nessas cidades. Destarte, iniciou-se uma ocupação urbana desordenada, e obteve-se, como consequências desse fenômeno, a poluição ambiental e a segregação espacial, que são problemas ainda presentes no país.      A obra naturalista "O Cortiço", de Aluísio Azevedo, retrata uma realidade do século XIX, no Rio de Janeiro, em que um aglomerado de pessoas reside em uma localidade com condições precárias de vida. Hodiernamente, esse contexto não se apresenta muito diferente, uma vez que nas periferias, na maioria dos casos, não é feito coleta de lixo regular, e não há tratamento de esgoto, como acontecia, da mesma forma, na obra citada. Por conseguinte, o acúmulo do lixo, juntamente com a chuva, causou o deslizamento do Morro do Bumba, na cidade carioca, e o lançamento de esgoto diretamente nos rios polui, cada vez mais, as águas das cidades que sofrem com a ocupação desordenada.    Outrossim, observa-se uma segregação espacial, em que, nas marginais moram migrantes em busca de emprego e com poucas condições financeiras, e na outra divisão a alta sociedade. Tudo isso advém da falta de investimentos em geração de emprego nos demais estados brasileiros, sendo a Zona Franca de Manaus uma exceção que funciona e contribui para a amenização da migração por falta de emprego no Amazonas.       Diante dos argumentos supracitados é dever do Poder Público investir em atividades empregatícias em todo o país, cada qual respeitando o meio ambiente local, a fim de homogeneizar a ocupação brasileira sem aumentar os impactos ambientais. E por meio do Ministério das Cidades deve haver investimentos em infraestrutura nas periferias, com o intuito de suprimir a segregação e a desigualdade espacial. Só assim a ocupação desordenada e suas consequências desaparecerão do Brasil.