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Enviada em: 28/05/2019

A Revolução Industrial (século XVIII), foi um processo de transformações econômico-sociais marcadas, sobretudo, pela troca do trabalho artesanal pelo mecanizado. Assim, houve aumento do êxodo rural, visto que as pessoas se direcionaram às cidades, onde se concentraram as indústrias, o que foi essencial para o estímulo da urbanização. Entretanto, tendo em vista que isso ocorreu de forma tardia nos países subdesenvolvidos em relação aos desenvolvidos,é notório que as nações emergentes foram palco de uma ocupação urbana confusa, isto é, sem muito planejamento dessas áreas. Dentre os principais efeitos desse fato, têm-se: a segregação socioespacial e a insustentabilidade urbana. Desse modo, são necessárias medidas que resolvam essa situação e garantam o bem-estar da coletividade.        A princípio, destaca-se a divisão nas cidades. De acordo com o senso comtiano, o progresso da sociedade só é alcançado quando todos os seus membros cumprem com o seu papel. Porém, nos países do Sul, há diferenças de serviços para a população, pois, os agentes do meio social (o Estado, a iniciativa privada e a sociedade) não exercem suas funções de modo correto. Ou seja, se o Estado concentra os seus investimentos em certo local, ele será mais valorizado e, somente as classes com mais condições se instalarão nele, enquanto que as desfavorecidas serão afastadas. Todavia, isso se intensifica com o desequilíbrio urbano, já que quanto mais pessoas houverem nesse meio, maior será os segregados para a periferia, haja vista que as áreas mais urbanizadas já se encontram ocupadas.          Posteriormente, vale lembrar acerca da insustentabilidade urbana. No Brasil, o Estatuto da Cidade (Lei 10.257), estabelece a garantia do direito à cidades sustentáveis para as presentes e futuras gerações. Contudo, no país há muitos problemas nesse contexto, isso porque as cidades com maiores aglomerados de pessoas são as que mais sofrem com a destruição do ambiente natural para a construção dos meios urbanos. Nesse caso, surgem problemas que alteram a dinâmica do local, como as ilhas de calor, que influenciam no clima da região. Dessa forma, a ocupação urbana desordenada promove a destruição do meio ambiente, ao passo que desconhece os limites para a urbanização.        Logo, alternativas devem ser apresentadas para resolução dessa problemática. Primeiro: é necessário que o Governo de cada país promova uma distribuição igualitária de seus investimentos. Para isso, é preciso que haja um planejamento urbano, visando identificar as áreas afetadas pela falta de políticas públicas, a fim de trabalhar nelas de maneira a urbanizá-las. Isso, para que todas as classes usufruam de lugares igualmente ordenados. Segundo: é fundamental que o Estado Brasileiro cumpra com as suas leis. Para isso, as autoridades municipais devem se reunir, com o intuito de criar planos de efetivação da norma, com o objetivo principal de sintonizar o meio urbano com a natureza.