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Enviada em: 22/06/2019

Promulgada pela ONU em 1948, a declaração universal dos direitos humanos garante a todos os indivíduos o direito à igualdade e ao bem-estar social. Entretanto, quando se observa as consequências causadas pelo aumento da urbanização nas grandes cidades brasileiras, verifica-se que esse direito é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Nesse sentido, é necessário que subterfúgios sejam encontrados a fim de resolver essa inercial problemática.    Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Nessa lógica, é notável que o poder público não cumpre seu papel enquanto agente fornecedor de direitos mínimos, uma vez que não proporciona a população urbana o acesso à infraestrutura com qualidade devida, o que caracteriza um desrespeito descomunal a esse público. A lamentável situação de vulnerabilidade à qual estão submetidas a maioria das pessoas que vivem nos centros urbanos é percebida pela carência de serviços públicos qualificados, aumento da poluição causada por veículos e indústrias, crescimento de moradias irregulares, que mostra o despreparo do governo em lidar com assuntos referentes ao crescimento populacional, capaz de gerar entraves à vida dos indivíduos e, por conseguinte, seu desenvolvimento dentro da sociedade.    Outrossim, a segregação social também configura-se como um forte ponto negativo do crescimento urbano. Tristemente, essa segregação é reflexo da valorização da terra criada pelo sistema capitalista vigente no país. A busca por mais lucratividade faz com que as imobiliárias elevem os preços dos imóveis nos bairros mais estruturados. Dessa forma, devido ao ínfimo poder aquisitivo muitas pessoas acabam se vendo sem condições financeiras adequadas para comprar essas locações, sendo obrigadas a procurarem áreas inadequadas para viver, colocando, assim, suas vidas e de seus familiares em risco.     Diante do exposto, medidas fazem-se urgentes para resolver essa questão. Para tanto, seria viável  que o Governo Federal, por meio de uma maior destinação dos impostos arrecadados pela Receita Federal, criasse mais conjuntos habitacionais populares, visando oferecer a população de baixa renda acesso a serviços públicos e moradias de qualidade, além de sobretaxar um limite de poluição às indústrias atuantes no país. Ademais, é papel do Ministério das Comunicações veicular propagandas que incentivem os brasileiros a utilizarem meios de transporte mais sustentáveis, no intervalo dos programas mais assistidos, objetivando diminuir a poluição automotiva. Quem sabe, com isso, as mazelas da urbanização diminuem cada vez mais e a sociedade brasileira evolua como nação.