Materiais:
Enviada em: 24/06/2019

Segundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda em seu livro "Raízes do Brasil", a ocupação urbana desordenada teve início no período colonial, e é reflexo do tipo de colonização empreendida pelos portugueses, os quais visavam a exploração de matérias-primas brasileiras para o ganho imediato e o enriquecimento, com pouco ou nenhum planejamento de cidades. Nesse sentido, a moradia desorganizada em áreas urbanas, aliada à escassez de investimentos públicos e privados, acentua as desigualdades entre os cidadãos, em consequência disso, dois importantes problemas surgem, como impactos ambientais e o parcelamento irregular do solo. O primeiro tem como causa principal as moradias irregulares, em que, a ineficiência da administração municipal e omissão de fiscalizações acarretam em poluição de rios pela ausência da canalização de esgoto, áreas de preservação ambiental contendo grandes quantidades de lixos resultando no aumento de inundações e enchentes. Nesse contexto, há um aumento do risco de vida para os moradores destas áreas, visto que, haverá um aumento de deslizamentos e doenças pela água contaminada. O segundo problema tem aumentado proporcionalmente conforme ocorre a ampliação do interesse para moradias urbanas, sendo assim, não há a autorização e fiscalização de órgãos públicos municipais e estaduais, em consequência disso, não existe uma organização para que ocorra ocupações seguindo as regras. Desse modo, é possível perceber que a ocupação desordenada da área urbana traz impacto negativo ao meio ambiente e precisa ser contornada. Portando, é preciso empregar mídias e redes sociais em conjunto do Ministérios do Meio Ambiente para a conscientização da população e empresas privadas da área de engenharia civil, já que estas poderão evitar a desordem social orientando seus clientes no momento de criação de projetos urbanos.