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Enviada em: 25/08/2019

Na Roma Antiga, civilização itálica do século VIII a.C., a ocupação desordenada do espaço urbano era um grande empecilho na vida dos romanos, pois provocava o aumento de violência, doenças e poluição na cidade. Já no Brasil não é diferente, mesmo no século XXI, esse entrave ainda assola o desenvolvimento nacional, em decorrência, principalmente, do crescimento populacional avançado e da falta de planejamento das cidades pelas autoridades.         Precipuamente, a pintura "Os Retirantes", de Cândido Portinari, retrata o vultoso êxodo rural presente na história do Brasil, o qual as pessoas deixavam as fazendas a procura de melhores condições de vida nas metrópoles. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, esse fenômeno não é o maior responsável pelo crescimento da população nas áreas urbanas, tendo em vista que somente 25% dos habitantes urbanos provém do campo, segundo dados da Organização das Nações Unidas. Assim, é correto afirmar que a taxa de natalidade entre os próprios habitantes da cidade é a grande causadora desse crescimento. Esse, conforme a lógica, assumirá proporções ainda maiores no decorrer dos anos, bem como os problemas oriundos da possível desorganização urbana.          Outrossim, é ingênuo acreditar que a falta de planejamento das áreas citadas não é um problema na nação. Para o bem estar dos cidadãos, a área habitacional deve dispor de saneamento básico, segurança e mobilidade, como é enfatizado no jogo SimCity, que simula a construção apropriada de uma região. Entretanto, estas necessidades são negligenciadas por prefeitos e governadores, de forma a contribuir para os gradativos espaços desorganizados no país. Ademais, é válido citar as favelas cariocas, as quais, por serem indevidamente estruturadas, não zelam por segurança e saúde de qualidade. Fato este pode ser observado nos numerosos conflitos entre criminosos e policiais, bem como no inúmeros casos de tuberculose nessas áreas, segundo A Organização Mundial da Saúde (OMS).               Dado o exposto, é indubitável que a desordem ocupacional das cidades deve ser remediada de imediato. Primeiramente, é indispensável que o Governo estimule a diminuição da taxa de natalidade no país, mediante atribuição de benefícios financeiros às famílias que tiverem menos filhos - como descontos em impostos e direito a uma renda adicional a cada semestre -, com a finalidade de interromper o crescimento acelerado dos meios citadinos. Além disso, o Estado deve promover reuniões regulares com todos os prefeitos e governadores do Brasil, por intermédio dos mecanismos virtuais, que estabeleçam deveres e metas aos responsáveis para o desenvolvimento urbano inteligente, de modo a evitar os eventuais imbróglios derivados desse grande desafio no Brasil.