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Enviada em: 28/06/2017

A macrocefalia, isto é, a ocupação urbana desordenada, é um problema recorrente das cidades brasileiras graças à falta de planejamento de órgãos públicos, que não criam medidas para se evitar a aglomeração de pessoas em determinadas áreas das cidades. Isso acontece como consequência de vários fatores, dentre eles, pode-se citar a migração para as megacidades, locais com taxa de emprego maior que a de outros municípios, a verticalização do espaço, contribuindo para que um maior número de pessoas habite, tecnicamente, o mesmo local e a crescente expansão das periferias, gerando conurbação com outras cidades e dificultando o trabalho das Prefeituras na administração.      Primeiramente, desde sua raiz histórica, o Brasil sempre foi um país populoso mas pouco povoado, ou seja, nas regiões interioranas brasileiras a concentração de pessoas é muito menor do que nas áreas litorâneas. Sendo assim, como citado anteriormente, medidas públicas estão ausentes nesse sentido, pois há pouco incentivo do Governo Federal para que as empresas se instalem nessas áreas, atraindo trabalhadores e melhorando, consequentemente, a distribuição espacial destes no território brasileiro.     Em segundo lugar, a verticalização, tão recorrente nas cidades atualmente, tem contribuído para essa macrocefalia, haja vista que, com prédios cada vez mais altos, o número de moradores têm aumentado exponencialmente, frequentando, assim, o mesmo espaço. Dessa forma, pessoas de classes mais favorecidas conseguem habitar locais mais próximos dos centros com custos menores, gerando trânsito, poluição e alta concentração de pessoas. Por conseguinte, os cidadãos de classes sociais mais baixas são obrigados a morarem nas periferias, ou seja, afastados do centro, geralmente seus locais de trabalho. Assim, a falta de planejamento gera ausência de saneamento básico, crescimento de "favelas" e prejuízo na prestação de serviço dos transportes públicos, os quais se encontram lotados e não se distribuem em toda cidade, prejudicando quem mais necessita.      Em última análise, faz-se necessária uma ação do Governo Federal para distribuir de maneira mais uniforme as indústrias no território por meio de zonas francas, onde o imposto será nulo, contribuindo para o desenvolvimento dessas áreas, e também por meio de construção de ferrovias, colaborando para a distribuição de mercadorias para o interior e o exterior do país de forma barata. Por fim, a construção de casas populares por intermédio das Prefeituras municipais é essencial, pois assim diminuiria-se as epidemias, por conta do aumento do saneamento básico, e a concentração das "favelas". Porém, o planejamento é importante, por isso, há de se estudar medidas como a expansão do transporte público dos ônibus e dos metrôs para melhorar a abrangência às pessoas.