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Enviada em: 25/08/2017

De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês falecido em janeiro deste ano, a velocidade é a principal marca dos dias de hoje. Nesse sentido, a rapidez que caracteriza a pós-modernidade afeta negativamente diversos aspectos da vida cotidiana, dentre eles, a relação das pessoas com a questão do espaço no século XXI. Um grande reflexo da atual conjuntura é a alarmante falta de saneamento básico, bem como a incorreta destinação do lixo gerado. Logo, é imperativo que o poder público e a sociedade se unam para enfrentar esse problema.        Após a industrialização, o Brasil deparou com o inchamento das suas cidades devido ao exôdo rural e a consequente queda na qualidade de vida dos indivíduos. Nesse contexto, formou-se um dos maiores problemas vivenciados pelas grandes metrópoles, o crescimento horizontal desordenado. Este promoveu a favelização, caracterizada pela construção de casas sem planejamento mínimo, a qual gerou uma significativa pressão sobre o meio físico urbano. A rapidez que ocorreu o processo de favelização resultou em sérios problemas para a população, dentre eles, a falta de saneamento básico. Dessa forma, evidencia-se à desigualdade histórica sofrida por parte da população e para amenizar este fator poderia-se contruir redes de esgoto e de água potável igualmente para todas as comunidade.         Segundo a Terceira Lei de Newton, físico influente na história da ciência, toda reação gera uma reação de igual intensidade. Nesse contexto, a velocidade que o homem transforma a sociedade provoca reações que implicam na geração de problemas catastróficos tanto para os indivíduos quanto para os ecossistemas. Um exemplo disso, são os problemas ocorridos em época de chuva, devido à má gestão do lixo, que, muitas vezes, sem destinação adequada são os causadores de enchentes e poluição dos rios e dos oceanos. Esses problemas foram intensificados pelo processo de macrocefalia urbana, resultante do excesso de população em uma determinada área. Pois, é fato que o excesso de pessoas está diretamente ligado a um maior consumo e ao consequente descarte dos mesmos.         O implemento de saneamento básico aliado à consolidação da política de resídos sólidos são, portanto, os caminhos que precisam ser trilhados pela sociedade brasileira objetivando combater os efeitos da ocupação desordenada. Para tanto, é essencial que o Governo Federal transfira investimentos para adequar à infraestrutura urbana através do implemento de redes de esgoto e de água potável, com intuito de fornecer uma melhor qualidade de vida para essa parte da população. Ademais, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão deverá liberar verba para os Estados para que se possa investir na ampliação das políticas de destinação do lixo e concomitante a isso fortalecer a fiscalização das medidas visando torna-las mais eficientes.