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Enviada em: 30/08/2017

Expansão Desenfreada       A cidade é uma obra de arte em aberto, em que o tempo responde com precisão as modificações causadas na mesma. Como exemplo, São Paulo, iniciada entre dois rios (Tamanduateí e Anhangabaú), viu suas potenciais hidrovias sendo extintas e substituídas por rodovias e grandes lotes que agradavam a especulação imobiliária. Isso ocorreu na década de 30. Hoje, quase 100 anos depois, as "águas de março" seguem limpando o verão e não encontram mais o seu destino final. Infelizmente, a chuva passou a ser vilã por conta do mal planejamento de antigamente.       Como consequência das chuvas, as doenças e a destruição causada pelas enchentes afetam milhares de brasileiros menos favorecidos. E esse é apenas um dos problemas da ocupação desenfreada dos grandes centros urbanos.       Desde a Baixa Idade Média, com o fim do feudalismo, os burgos começaram a ser formados e concentrar um grande numero de pessoas por conta das oportunidades com o comercio. A Revolução Industrial Inglesa deu um passo adiante nessa conurbação urbana, fazendo com que grande parte dos trabalhadores se instalassem próximos das fabricas. Hoje em dia, o setor de serviços se sobrepôs às industrias e  as cidades se expandem a partir do centro, que possui grande fluxo de informações e pessoas.       Expansão que foi desordenada em todos os centros urbanos do Brasil e do Mundo. Com o aumento da expectativa de vida e os avanços da medicina, a população total do mundo cresceu e o espaço não acompanhou proporcionalmente esse aumento, fazendo com que serviços essenciais e um planejamento descente não chegasse dos bairros mais distantes. Por conta desse descaso, a coleta de lixo, saneamento básico, luz e acesso a transporte e educação publica são serviços inexistentes ou defasados nas periferias.       Atualmente, as possibilidades de fazer previsões mais apuradas relacionados a demografia ajuda o Estado a focar as áreas necessitadas, só que esses problemas são muito amplos a serem resolvidos apenas com investimento bruto. Parcerias com o setor privado e ONGs para a melhoria de serviços básicos e maior presença das subprefeituras nos bairros geram uma interação maior entre seus moradores e diagnosticam o problema mais rapidamente do que o poder publico. A cidade é a principal área de interação popular e depende, para uma melhor organização, da união entre seus habitantes e representantes.