Materiais:
Enviada em: 24/07/2018

No século XVIII, a Primeira Revolução Francesa foi um estopim para povoação das cidades. À vista disso, muitas cidades na Europa foram ocupadas lenta e progressivamente, entretanto, em países como o Brasil, esse processo foi rápido e saturado, trazendo diversos problemas sócio-espaciais. Nesse sentido, as consequências da ocupação urbana desordenada vão dos centros urbanos até as periferias e entre eles estão a impermeabilização do solo, as ilhas de calor, a poluição sonora, e a saturação desses centros que levam indivíduos ocuparem áreas de risco no subúrbio.                     Em primeiro plano, na Ucrânia, um país desenvolvido, os terrenos centrais são constituídos por longos canteiros de árvores, responsáveis por drenar a água da chuva e controlar a temperatura local, em contra partida, no Brasil a impermeabilização quase total do solo traz problemas por causa da falta de conciliação da vida social e ambiental. Dessa maneira, as consequências dessa atitude são a insolação, que prejudica, principalmente, idosos e crianças, e as enchentes, que além de destruir são vetores de doenças em potencial. Além disso, a poluição sonora também entra na lista, pois apesar de parecer inofensiva, ela pode causar estresse, depressão, cansaço e entre outros, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).                      Ademais, por conta das áreas centrais serem saturadas, parte da população tende a se distanciar desses grandes fluxos, porém, acabam por viver em áreas de risco e com falta de saneamento básico. Desse modo, a ocupação desordenada das cidades, além de segregar grupos, promove a negligência do Estado com essas pessoas, assim como no Morro do Bumba, em Niterói, onde 200 pessoas foram soterradas em 2010, segundo G1. Sendo assim, segundo Zygmunt Bauman, o grande fluxo de informações tende a reforçar o conhecimento prévio, ou seja, quanto maior a ocupação desordenada, mais difícil é para o Governo tentar se aprofundar nos problemas sociais relacionados a cidade. Sendo assim, a dessaturação das cidades é importante para se prevenir desse problema.                     Entende-se, portanto, que o Estado deve desimpermeabilizar parte do solo nos centros, para que se evite enchentes e insolação, ser mais rígido quanto a lei do silêncio e dessaturar o fluxo das grandes cidades. Logo, cabe à Secretaria de Mobilidade Urbana, desconcretar áreas específicas e criar canteiros de plantas para escoamento da água e controle da temperatura, além disso, cabe ao Legislativo alterar a lei do silêncio para que além de horário específico, tenha a quantidade máxima de decibéis que podem ser emitidos, para que se evite problemas de saúde nos cidadãos. Por fim, cabe grandes cidades promoverem desindustrialização, levando esses empregos para cidades interioranas, assim, dessaturando as cidades e promovendo políticas sociais de realocação e saneamento.