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Enviada em: 28/04/2019

O Brasil enfrenta um embate a ser discutido, o controle parental quanto ao uso da tecnologia. Nesse sentido, a criação da Internet, na época da Guerra Fria, reformulou as relações pessoais, na medida em que aproximou pessoas distantes fisicamente, o que gerou uma maior dispersão de informações. No entanto, é necessário ter cautela ao utilizar esse advento tecnológico, principalmente por parte das crianças, visto que há diversos indivíduos que agem com má fé, como pedófilos. Nesse âmbito, muitos pais se preocupam com os perigos que o mundo cibernético oferece e controlam excessivamente o contato que os filhos têm com as redes, o que gera perda de privacidade na vida dos menores. É evidente, portanto, a inevitabilidade de ações que preservem as crianças contra os danos que podem ser causados a elas, respeitando, ainda sim, a independência de cada uma.         Em meio a esse assunto, os riscos que a Internet oferece são reais. Como exemplo, a pedofilia infantil possui um aliado, a vantagem que as redes sociais dão de criar perfis fakes. Nessa perspectiva, inúmeros pedófilos criam contas para atrair crianças, mentindo a idade e manipulando os menores a enviarem fotos das partes íntimas, o que movimenta o mercado da pornografia infantil. Diante de tantos casos vistos na mídia de meninos e meninas que caem nas armadilhas dos criminosos, muitos pais ficam receosos para liberar o uso total das tecnologias aos filhos, na intenção de protegê-los de eventuais situações. Todavia, alguns são extremos, como aqueles que utilizam aplicativos que gravam a tela do celular, como o mSpy, o que acaba afetando a privacidade dos pequenos.         Nessa lógica, como foi dito por Aristóteles, é necessário sempre optar pela justa medida, ou seja, pelo equilíbrio entre o excesso e a falta. Tendo como orientação esse pensamento, no lado do excesso, está o exacerbado cuidado que vários adultos têm com seus filhos, o que pode causar certa revolta nos indivíduos em formação, já que muitos se sentem sufocados com tanta cautela. Do outro lado, estão as crianças que, ainda tendo pouca vivência de mundo, não vêem maldade nas atitudes de diversos entes maliciosos e se tornam alvos fáceis para a realização de crimes cibernéticos.       Portanto, medidas são indispensáveis para melhorar a situação em questão. De antemão, os pais devem procurar ajuda de profissionais para lidar com o assunto, sendo feito por meio da ida, juntamente com os filhos, a sessões com psicólogos, no intuito de criar, em ambas as partes, o equilíbrio acerca do tema. Ademais, as escolas devem informar às crianças os perigos que a Internet pode oferecer, o que pode ser feito por meio de palestras educativas com pessoas que foram vítimas de crimes cibernéticos, como a pedofilia, na intenção de gerar nos alunos certa cautela nas redes sociais. Diante de tais medidas, o problema desse controle parental excessivo terá espaço para melhora.